Desenvolvimento e validação de técnicas de microextração para análise do fluconazol em fluidos biológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Bruna Juliana Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-22052019-143211/
Resumo: O fluconazol (FLU) é um antifúngico de amplo espectro de ação desenvolvido na década de 80. Sua análise em amostras biológicas já foi descrita utilizando várias técnicas de preparo como a extração líquido-líquido, em fase sólida, a ultrafiltração e a precipitação de proteínas. No entanto, estas extrações requerem trabalho laboratorial intenso e, muitas vezes, o uso de grandes volumes de solventes orgânicos. Assim, o objetivo deste estudo foi o desenvolvimento de métodos para a quantificação do fluconazol em amostras de líquor utilizando a microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME) e em amostras de plasma utilizando a microextração em fase líquida com fibra oca (HF-LPME). Para a definição das condições de extração do FLU foram utilizados delineamentos fatoriais fracionados e delineamentos compostos centrais. A condição estabelecida para extração por DLLME utilizou apenas 200 ?L de líquor e clorofórmio e isopropanol como solvente extrator e dispersor, respectivamente. Para a HF-LPME a condição de extração selecionada fez uso de 500 ?L de plasma, sendo a precipitação de proteínas realizada com Na2SO4. A fibra de polipropileno de 13 cm foi impregnada com solução de octanol:Adogen® 464 (90:10, v/v), a fase aceptora foi composta por NaCl 1 mol.L-1 e várias amostras foram extraídas simultaneamente. Para a análise nos dois métodos foi utilizada a cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos, sendo a fase móvel composta por etanol e água. A validação dos métodos procedeu-se de acordo com os guias da ANVISA e EMA e foi obtida faixa linear de análise de 0,25 a 62,5 ?g.mL-1, recuperação de 70 % para o FLU e de 81 % para a fenacetina por DLLME e o intervalo linear de 1,0 a 62,5 ?g.mL-1, com recuperação de 12 % para o FLU por HF-LPME mediada por carreador. Os valores de precisão e exatidão permaneceram dentro dos limites recomendados, as amostras mantiveram-se estáveis e os métodos foram seletivos e não apresentaram efeito residual, sendo aplicados para determinação da concentração do FLU em amostras de um paciente em tratamento para neuromicose utilizando o fármaco estudado. Portanto, os métodos desenvolvidos utilizaram baixos volumes de solventes e de amostra, apresentaram faixa linear ampla, que permite a análise de amostras de pacientes que fazem uso de diferentes esquemas terapêuticos e, até o momento, são os únicos métodos descritos que fizeram uso de técnicas de microextração para a análise do FLU em amostras biológicas