Relação entre a calcificação coronariana e os parâmetros da microarquitetura óssea em uma comunidade de idosos da coorte Sao Paulo Ageing & Health Study (SPAH)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guzman, Luis Fernando Escobar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-17082021-114204/
Resumo: Introdução: Aterosclerose e osteoporose são doenças de alta prevalência na população geriátrica. Evidências epidemiológicas e trabalhos observacionais sugerem um vínculo fisiopatológico entre ambas. Atualmente, o escore de cálcio (EC) é o principal marcador de aterosclerose subclínica. A densitometria óssea (DXA) é o método mais utilizado para diagnosticar a osteoporose e para a avaliação do risco de fraturas, no entanto, ao redor de 60 % dos indivíduos apresentam fratura com massa óssea normal/osteopenia. Nesse sentido, a tomografia periférica de alta resolução (HR-pQCT) permite avaliar a qualidade óssea e separadamente a estrutura cortical e trabecular, e a literatura demonstra que parâmetros da HR-pQCT foram melhor preditor do risco de fratura em relação ao DXA. Não identificamos trabalhos na literatura que tenham investigado a associação entre parâmetros ósseos obtidos por HRpQCT e calcificação arterial coronariana avaliada pelo EC em idosos. Objetivo: avaliar a associação entre a calcificação coronariana e a microarquitetura óssea em indivíduos maiores de 65 anos. Métodos: 256 idosos foram submetidos a angiotomografia computadorizada de coronárias (angioTC de coronárias) para avaliação do escore de cálcio (EC) pelo método de Agatston, tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução (HRpQCT) de rádio e tíbia com parâmetros de escore z padronizados, DXA, e marcadores de remodelação óssea. Resultados: a média do EC foi 283,95. Os melhores modelos multivariados para previsão de EC incluíram parâmetros da tíbia para ambos os gêneros. Para mulheres, porosidade cortical da tíbia (Ct.Po), exp beta = 1,12 IC 95%: 1,10-1,13, p < 0,001 e densidade volumétrica cortical (Ct.vBMD) exp beta = 0,79 IC 95%: 0,78- 0,81, p < 0,001 foram preditores independentes de maior EC. Nos homens, tíbia Ct.Po, exp beta = 1,44, IC 95%: 1,42-1,46; p < 0,001 também foi associado a maior elevação do EC. Conclusão: Houve associação de comprometimento ósseo cortical da tíbia, avaliada por HR-pQCT, com maior calcificação coronariana em idosos da comunidade, principalmente em mulheres