Ecologia trófica de espécies alóctones (Cichla cf. ocellaris e Plagioscion squamosissimus) e nativa (Geophagus brasiliensis) nos reservatórios do rio Tietê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Stefani, Patrícia Monte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-07022007-090755/
Resumo: A introdução de espécies nos ecossistemas pode levar a conseqüências difíceis de serem controladas, sendo que a competição por recursos alimentares talvez seja o principal meio pelo qual uma espécie introduzida possa afetar as espécies nativas, podendo ocasionar a extinção. Neste sentido, os estudos de alimentação tornam-se importantes ao fornecerem subsídios para compreender o funcionamento trófico de um ecossistema. Considerando estes aspectos, o objetivo da pesquisa foi conhecer a ecologia trófica das espécies introduzidas (Plagioscion squamosissimus e Cichla cf. ocellaris) e da espécie nativa (Geophagus brasiliensis), avaliando as possíveis interações entre elas. Para o estudo da dieta das espécies escolhidas, foram utilizados os exemplares capturados durante o desenvolvimento do projeto PROBIO 2. As coletas foram realizadas nos seis reservatórios do Médio e Baixo rio Tietê, no período de novembro de 2002 a fevereiro de 2004. Foram realizadas análises quantitativas (freqüência de ocorrência, método volumétrico e método gravimétrico) dos itens encontrados, caracterizando a preferência alimentar das espécies. Neste trabalho o acará (Geophagus brasiliensis), apresentou um hábito alimentar onívoro, consumindo principalmente larvas de Diptera, insetos aquáticos e microcrustáceos. A espécie (Cichla cf. ocellaris) apresentou um hábito alimentar piscívoro, consumindo principalmente peixes e crustáceos. A corvina (P. squamossisimus) foi considerada piscívora, apresentando um amplo espectro alimentar, consumindo principalmente peixes, insetos aquáticos e crustáceos. A ampla distribuição da espécie P. squamosissimus nos seis reservatórios do médio e baixo rio Tietê e a plasticidade alimentar evidenciada pela análise de conteúdo estomacal sugerem que a corvina exerce uma forte pressão sobre as espécies nativas, cuja dinâmica populacional pode ser alterada.