O uso do território pelos circuitos espaciais de produção da indústria no Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tavares, Matheus Augusto Avelino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13042017-082246/
Resumo: Ao longo de sua obra, Milton Santos (1978a, 1979b, 1996) evidencia como o processo de estruturação e reestruturação dos espaços, é marcado por formas de apropriação e usos do território distintas e condizentes não apenas com as variáveis dominantes de um dado período histórico, mas também com as especificidades da expansão do capitalismo em uma formação socioespacial. Nesse sentido, a presente tese busca analisar os usos e a constituição do território do Rio Grande do Norte a partir dos circuitos de produção da indústria desde os primórdios de sua expansão até o período da globalização. Para tanto, realizamos uma pesquisa a partir de fontes secundárias e primárias, na qual obtivemos informações e dados em instituições públicas e privadas e por meio de entrevistas com os agentes envolvidos na problemática arrolada. As conclusões a que chegamos nos permite defender que a dinâmica dos usos do território no Rio Grande do Norte pelos circuitos de produção da indústria, engendrou três feições territoriais distintas e marcadas por um modo de funcionamento especifico, expresso na existência de divisões territoriais do trabalho, na quais se combinam técnicas, normas e capitais. No primeiro período, o Rio Grande do Norte se constitui enquanto um espaço derivado, obediente a ordens e comandos da economia européia, situação esta que predomina até meados dos anos 1960; num segundo período, após um processo de rupturas e reestruturações, o Rio Grande do Norte passa a ser dominado por um acontecer hierárquico estatal que elevou a industrialização brasileira a condição de variável central para a dinâmica dos territórios; por fim, se delineia um terceiro período a partir do avanço da globalização, no qual os usos do território potiguar vem paulatinamente incorporando os sistemas técnicos, normativos e organizacionais impostos pelos agentes e instituições da economia global.