Avaliação de danos e controle químico da lagarta rosca Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1776) (Lepidoptera - Noctuidae) em batatinha (Solanum tuberosum L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Santos, Honório Roberto dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20210104-172507/
Resumo: A lagarta rosca Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1776) (Lepidoptera - Noctuidae), é uma das mais nocivas pragas da batatinha (Solanum tuberosum L.). Este trabalho foi realizado como objetivo de conhecer melhor sua biologia e hábitos, visando a adoção de uma melhor estratégia de avaliação de danos e controle químico. Sob condições controladas de laboratório, temperatura de 25 ± 3ºC e umidade relativa de 70 ± 10%, a duração do desenvolvimento das fases do inseto foram (em médias): desenvolvimento embrionário do ovo - 4 dias; período larval -19,46 e 21,09 dias; período pré-pupal - 1,74 dias; período pupal - 12,08 dias; período de pré-oviposição – 3,25 dias; período de postura - 8 dias; média de ovos por fêmea - 1.263,15; longevidade do macho - 8,75 dias e da fêmea – 9,76 dias; ciclo evolutivo completo do macho - 47,66 dias e da fêmea - 48,67 dias. Os danos produzidos pelas lagartas de 5º e 6º instares em plantas do cultivar Bintje, foram avaliadas através de pesagem e classificação dos tubérculos colhidos. Foi verificado que aumentando a quantidade de lagarta por planta a produção diminuiu. O número máximo de hastes cortadas por lagarta foi de 8. Os danos provocados artificialmente em plantas de cultivares Aracy e Bintje foram mais prejudiciais no início da tuberização entre 30 a 35 dias. No cultivar Radosa o período mais crítico, aos danos simulados, que afetou a produção foi entre 18 a 21 dias. Os danos simulados foram avaliados através de pesagens e classificação dos tubérculos, levando-se em conta a época e o número de hastes cortadas. Visando controlar essa praga na fase de ovo foram testados dez inseticidas em ovos de 12, 24, 36 e 48 horas de idade, cuja escala decrescente de eficiência, para ovos de 12 horas foi: dichlorvos 100 CE = pirimiphos methyl 50 CE = phenovalerate 20 CE = chlorpyriphos ethyl 4 E = 0-Ethyl 0- {4-(methylthio) Phenyl} S propyl phosphorodithioate 20 CE = profenofos 500 E > decamethrin 2,5% CE > mevinphos 20 CE > permethrin 50 CE > phosmet 12,2% + carbophenothion 12,2% 1 CE. Os ovos de 12 e 48 horas de idade foram mais sensíveis aos efeitos dos inseticidas. O efeito de ingestão de inseticidas aplicados em alimento natural (folha de couve) foi estudado em lagartas de 4º a 7º instares. Os resultados pela ordem de eficiência foram os seguintes: decamethrin 20 CE > permethrin 50 CE > phenovalerate 20 CE > methamidophos 50 CE > pirimiphos methyl 50 CE 0-Ethyl 0- {4-(methylthio) Phenyl} 5 propil phosphorodithioate 20 CE >>profenofos 500 E > chlorpyriphos ethyl 4 E > dichlorvos 100 CE > phenthoate 50 CE > carbaryl 12 CE > diazinon 60 CE > carbaryl 80 PM > aldrin 40 PM. Excelentes resultados foram verificados com o emprego de iscas tóxicas, formuladas com ração de coelho + água + proteína + inseticida (1 a 6,70% i.a.) sobre lagartas do 5º e 6º instares. Os resultados em escala decrescente de eficiência foram: permethrin 50 CE > trichlorfon 80 pó solúvel carbaryl 80 PM = methamidophos 50 CE > methomil 80 PM > chlorpyriphos ethyl 4 E > phenovalerate 20 CE > decamethrin 2,5% CE = profenofos 500 E. Todos os inseticidas testados visando o controle de pupas de 1 a 3 dias de idade foram ineficientes. Testes de laboratório e campo para controle químico de adultos, foram realizados com iscas tóxica líquida, formulada com água + açúcar + inseticida (0,50 a 0,90% i.a.), cujo resultado pela sequência de eficiência dos inseticidas foi: trichlorfon 80 pós solúvel > methomyl 80 PM > cartap 50 pó solúvel > DDT 40 PM. Os resultados de laboratório e campo foram praticamente iguais.