Francis Bacon e O progresso do conhecimento no início do século XVII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Shirayama, Cristiane de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-10102016-182510/
Resumo: Neste trabalho, trazemos uma análise da obra O Progresso do Conhecimento, publicada em 1605, pelo filósofo e político Francis Bacon (1561-1626). Nosso objetivo é explorar as ideias contidas nesse importante livro de Bacon a fim de relacioná-las com intenções mais gerais desse pensador, no plano de um projeto para a ciência, e com o momento histórico em que ele viveu, em especial a Reforma Protestante e suas consequências para o Estado inglês. Para atingir nosso objetivo, fizemos inicialmente um levantamento dos modos como a historiografia da ciência tem tratado sua vida e sua obra e como a historiografia geral tem abordado a questão da Reforma Protestante na Inglaterra. A análise do livro de Bacon, ao mesmo tempo em que segue linearmente as partes da obra, priorizou algumas dimensões teóricas: o projeto de Bacon de classificação das partes do conhecimento, a questão da separação entre o conhecimento humano e divino, o problema dos sujeitos da ciência e a dignidade do conhecimento e as vantagens do conhecimento. O resultado da análise é que as ideias de Bacon sobre a ciência são também ideias e propostas sobre o funcionamento do Estado e sobre os modos de ser dos sujeitos que os possibilitariam se relacionar com essa ciência e esse Estado. Assim, sugerimos que, para Bacon, Estado, sujeitos e ciência são elementos inter-relacionados e indissociáveis