Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ohlson, Marcia Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-25022021-161206/
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Resumo: |
Neste trabalho, pesquisamos o fenômeno contemporâneo das fake news e o uso da tecnologia blockchain para combatê-lo, tendo como base teórica a semiótica e o pragmatismo do filósofo norte-americano Charles S. Peirce. Num primeiro momento, apresentamos as diversas definições de fake news propostas pela literatura científica recente para concluir que, apesar da existência de alguns pontos em comum entre elas (como a intencionalidade maliciosa de sua propagação), ainda estamos longe de um consenso. Propomos, tentativamente, uma definição de fake news com base na semiótica peirceana e que possa ser geral o suficiente para abranger todos os tipos de fake news observados. Nossa metodologia priorizou a pesquisa bibliográfica e um levantamento empírico sobre exemplos em curso do uso da tecnologia blockchain por veículos de comunicação (tradicionais ou independentes) para combater as fake news. Cadeias blockchain têm características como a imutabilidade do que é registrado nelas e a presença de mecanismos de confiança e consenso distribuídos na rede dos participantes. Algo parecido sugere Peirce no seu método científico de fixação da crença, também dependente de uma comunidade interessada na busca da verdade. Para o filósofo, a verdade é um condicional futuro jamais completamente realizado, relacionada à opinião final que seria alcançada por um processo de compartilhamento contínuo de informação entre os participantes. Apresentamos, como exemplos, o projeto The News Provenance (da empresa norte-americana New York Times) que aplica a tecnologia blockchain ao fotojornalismo, e também a plataforma Civil.co, um aplicativo que adota um mecanismo de consenso distribuído semelhante ao do blockchain. Embora concluamos que não seja possível eliminar o problema das fake news pela tecnologia blockchain, entendemos que a sua adoção leva à uma importante redução dos danos - conceito emprestado da área da saúde, mas que pode ser aplicado também à esta mazela da comunicação. |