Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Huttner, Luiz Ricardo Goulart |
Orientador(a): |
Recuero, Raquel da Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279419
|
Resumo: |
Estudar a terminologia e aplicação de fake news - em especial na política - vem norteando os estudos no campo da comunicação nos últimos anos, assim como foi na defesa do mestrado em comunicação e informação (HÜTTNER, 2020). Desde então o tema passou a ser alvo dos constantes estudos e, por isso, avançamos e propomos que esta tese seja guiada pelo problema de pesquisa: como é modelado o ecossistema de fake news pela direita no Brasil. Desta forma, buscamos avançar nessa discussão para além da definição de fake news e sim todo o ecossistema que a envolve na extrema direita brasileira. Para isso, contextualizamos e historicizamos o termo fake news ao longo da história no mundo (TANDOC JR, 2017; 2019; 2021; ALLCOTT e GENTIZKOW, 2017; MOURÃO e ROBERTSON, 2019; DOURADO, 2021), para saber como se dá, especialmente, a elaboração e circulação dos conteúdos nas plataformas de mídia social (FARKAS e SCHOU, 2020; AIMEUR ET. AL, 2023; DENNIS ET. AL, 2021; POELL et al., 2020), assim como se estruturou o jornalismo e a notícia (BELTRÃO, 1969; FONTCUBERTA, 1999; LAGE, 2006). Através da escolha de dois sites alinhados à política da extrema direita no Brasil e, consequentemente, as publicações com o maior número de interações, buscamos assim propor um ecossistema de fake news no Brasil. Utilizando a pesquisa descritiva (CERVO, 2002) e a pesquisa analítica (SANTAELLA, 2001) descreveremos os dados coletados através da pesquisa realizada pelo CrowdTangle. O resultado mostra que, mesmo ainda não estudado em sua complexidade, existe um ecossistema de fake news estruturado e legitimado no Brasil. Um ecossistema que conta com três principais estágios: elaboração, disseminação e legitimação. Todos esses estágios interligados, que podem não divulgarem fake news a todo o tempo, mas se legitimam dentro de um grupo específico e podem perpassar para fora deste grupo como uma notícia (ou informação) verdadeira, factual e realizada por um jornalismo profissional, quando na verdade seu intuito é o contrário: desinformar, causar confusão e reafirmar crenças políticas e partidárias. |