Fagocitose, produção de óxido nítrico e de citocinas pró-inflamatórias por macrófagos estimulados por diferentes agentes de cromoblastomicose\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Hayakawa, Márcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-04012018-172811/
Resumo: A cromoblastomicose é infecção da pele e do tecido subcutâneo que resulta da implantação traumática transcutânea de propágulos originários de diversas espécies fúngicas. A doença é insidiosa e as lesões causadas pelos mesmos apresentam evolução lenta e os pacientes cronicamente infectados deixam de responder a alguns tratamentos. Considerando a importância dos macrófagos na interação dos sistemas imune inato e adaptativo, bem como na ativação de células T, no presente trabalho foram realizados ensaios de fagocitose empregando conídios das principais espécies fúngicas causadoras da cromoblastomicose (Fonsecaea pedrosoi, Cladophialophora carrionii, Rhinocladiella aquaspersa e Phialophora verrucosa), viabilidade de conídios seguidos da dosagem de citocinas. Verificamos que os receptores de manose atuaram significativamente no processo de fagocitose dos fungos Fonsecaea pedrosoi e Rhinocladiella aquaspersa. Além da da manose, outros açúcares como glicose e lactose, também inibiram a fagocitose desses fungos. Já os conídios fagocitados por macrófagos, provocaram diminuição significativa na expressão de suas moléculas de superfície, tais como CD80, CD86 e MHC classe II. Foi demonstrado que os fungos Rhinocladiella aquaspersa, Phialophora verrucosa e Cladophialophora carrionii permaneceram viáveis após 72 horas de interação com os macrófagos no processo fagocítico. Assim como observamos que ocorreu uma produção elevada de NO no período de 12 horas principalmente na presença de Fonsecaea pedrosoi, entretanto, o fungo não foi eliminado pelo macrófago. Ao analisarmos a síntese de IL-1β e IL-6, os fungos Rhinocladiella aquaspersa e Cladophialophora carrionii produziram esta citocina significativamente. Ao contrário, na síntese de TNF-α, todos os agentes da cromoblastomicose secretaram esta interleucina. Esses resultados sugerem que apesar dos diferentes fungos causarem a mesma patologia, os vários agentes etiológicos na cromoblastomicose pode levar a uma resposta imunológica diferente e conseqüentemente alterar a evolução da doença.