Suscetibilidade in vitro de agentes causadores de cromoblastomicose frente a diferentes antifúngicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Andrade, Tânia Sueli de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-14102019-114206/
Resumo: Diversos recursos terapêuticos são utilizados para controle ou cura da cromoblastomicose, mas ainda não existe terapia padrão. Poucos são os estudos relacionados à resposta dos fungos causadores frente a antifúngicos atualmente disponíveis. Nosso objetivo foi determinar os perfis de suscetibilidade desses agentes aos diferentes antifúngicos utilizados no tratamento das micoses, através da padronização da técnica de diluição em ágar e correlacionar com o tratamento vigente para alguns pacientes. Foram estudadas 39 cepas de agentes de cromoblastomicose, sendo, 12 de coleções; 30 foram identificadas como Fonsecaea pedrosoi, 6 como Phialophora verrucosa e cada uma das outras como: Cladophialophora (Cladosporium) carrionii, Fonsecaea compacta e Rhinocladiella aquaspersa. Foram realizados estudos preeliminares para escolha das melhores condições para os testes de suscetibilidade. O meio selecionado foi o yeast nitrogen base tamponado com fosfato (YNBP). O inóculo contendo cerca de 4 x 104 células/ml foi preparado a partir de cepas com 14 dias de desenvolvimento. A incubação foi realizada a 30°C e a leitura ocorreu do 3° ao 7°dias de incubação. Os testes foram realizados com: anfotericina B nas concentrações de 0,25µg/ml a 64µg/ml, 5-fluorocitosina de 0,3µg/ml a 100µg/ml, fluconazol de 0,25µg/ml a 128µg/ml, terbinafina de 0,09µg/ml a 24µg/ml, itraconazol e cetoconazol de 0,125µg/ml a 32µg/ml. Para auxiliar na interpretação dos resultados, o estabelecimento de sensiblidade ou resistência foi baseado nos níveis séricos alcançados pelas drogas. Apenas uma cepa foi sensível no teste de CIM a anfotericina B. Os valores mais altos para anfotericina B estavam entre os pacientes que fazem uso de itraconazol. Entre as 39 cepas estudadas, 77% foram resistentes ao itraconazol no teste de CIM. Para as cepas de 4 pacientes isoladas de amostras seriadas houve aumento das C IMs e para dois deles não houve melhora clínica com itraconazol. Em um desses casos houve resistência cruzada com fluconazol e outro com cetoconazol e anfotericina B. Todas as cepas foram sensíveis ao cetoconazol, mas resistentes ao fluconazol nos testes de CIM e CFM. Apenas 7 cepas responderam a 5-fluorocitosina no teste de CIM. O cetoconazol foi a droga mais eficaz, seguido da terbinafina, apesar de algumas cepas apresentaram resistência a mesma, principalmente nas procedentes de coleções. Os dados obtidos sugerem resistência inata dos fungos em estudos a algumas drogas e adquirida para algumas cepas de pacientes em tratamento com itraconazol. Esses mecanismos devem ser melhor pesquisados, além da eficácia associação de drogas, ou outra terapia e do melhor desempenho da terbinafina nos testes.