Impacto do comprometimento motor oral e de condições sistêmicas na qualidade de vida relacionada à saúde de crianças e adolescentes com sequência de Moebius e síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pedro, Ana Carolina Corazza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-26092019-154321/
Resumo: Algumas síndromes estão associadas a um prejuízo da capacidade motora oral e à presença de comorbidades em diversos sistemas do organismo. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto que a motricidade oral e as condições sistêmicas adversas têm sobre a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) de crianças e adolescentes com sequência de Moebius (SM) e síndrome de Down (SD). Foram selecionados 58 pacientes com SM e SD, com idades entre 5 e 18 anos (10,9 ± 3,9) e seus respectivos responsáveis/cuidadores. Os responsáveis/cuidadores responderam a um questionário sociodemográfico para caracterização da população avaliada e o questionário PedsQL(TM) - Escala de Saúde - relato da país ou responsáveis, para avaliação da QVRS. O instrumento OMAS (Oral Motor Assessment Scale) foi selecionado para avaliação da função motora oral. Os resultados demonstraram que crianças/adolescentes com dificuldades funcionais orais apresentaram QVRS comprometida no construto capacidade física (p-valor = 0,005); a média dos escores do PedsQL(TM) para a capacidade física foi estatisticamente diferente entre SD e SM, estes últimos com escores mais baixos (p-valor = 0,050). Dificuldades visuais comprometeram a capacidade física, aspecto emocional e atividade escolar (p= 0,038; 0,020; 0,047 respectivamente) dos indivíduos afetados. Indivíduos com comprometimentos diversos, como tumor cerebral, hidro e esquizocefalia apresentaram piores resultados no construto emocional da QVRS (p=0,012). Os resultados nos permitem concluir que os responsáveis/cuidadores dos indivíduos com SM apresentam pior percepção de QVRS, quando comparados aos com SD; as dificuldades visuais, uso de medicamentos e presença de outras comorbidades impactam negativamente na percepção de QVRS e independente das disfunções mastigatórias e de deglutição, os pacientes apresentam capacidade de se alimentar e nutrir de forma adequada.