Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Stoeber, Isa Maria Aparecida Spanghero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-22082007-153742/
|
Resumo: |
Este trabalho investiga as práticas discursivas de sessões de terapia de família de abordagem sistêmica. Enfoca a (re)construção dos sentidos desse discurso terapêutico, voltando-se para o que se convenciona chamar, dentro da área terapêutica, por re-significação e procurando olhar criticamente o pedido de ajuda do paciente e o ato de dar ajuda do terapeuta. Investigam-se também os lugares sociais/familiares dos sujeitos - aí incluída uma certa representação do terapeuta - quando em interação terapêutica. Partindo da noção de dialogismo proposta por Bakhtin e revisitada pelos estudos sobre a(s) heterogeneidade(s) enunciativa(s) de Authier-Revuz, são observadas, em diálogos extraídos de três sessões de terapia de família realizadas em institutos de ensino e pesquisa (duas instituições autônomas e uma autarquia federal), as fronteiras da alteridade, evidenciadas no gênero discursivo \"sessão de terapia\". Tal gênero discursivo, que, em sua superfície pode ser entendido como encontro com fins terapêuticos para discutir temas de conflitos humanos em situação relacional, evidencia-se, no entanto, como um confronto entre vozes que disputam papéis/lugares sociais e familiares. As análises revelam que as fronteiras, delimitadas pela alternância dos sujeitos falantes, entre perguntas e respostas dos terapeutas e seus pacientes, constituem um processo de interação de vozes sociais, em contínuos entrecruzamentos e reconfigurações. Revelam também que os terapeutas constroem hipóteses para a intervenção nos conflitos familiares por meio dos deslizamentos dos sentidos (re-significação) e que buscam, para a resolução desses conflitos, o deslocamento enunciativo das vozes dos pacientes de uma posição monológica (ainda que presencial) para posições dialógicas. |