Avaliação de impacto ambiental de projetos de mineração em São Paulo: estudo da evolução técnica e temporal e propostas de melhorias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rinaldi, Edgard Ortiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AIA
EIA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6139/tde-14072017-155649/
Resumo: Este trabalho identificou e analisou as principais inovações observadas ao longo do tempo nas práticas de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) de projetos de mineração no estado de São Paulo. Dentre os 322 casos disponíveis nos arquivos da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, foram feitas análise documental e de conteúdo de seis processos de licenciamento ambiental prévio, escolhidos intencionalmente de forma a cobrir o maior espectro temporal possível, abranger diferentes regiões do estado e considerar os bens minerais brita e calcário. Roteiros de coleta de dados foram desenvolvidos com base na literatura e utilizados na análise documental dos principais documentos do processo de AIA: Termos de Referência (TR), Atas de audiência pública, Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Complementações e Pareceres Técnicos emitidos pelo órgão ambiental. Os dados coletados foram comparados entre si, visando detectar a presença ou ausência de inovações na prática. Com base nos dados encontrados em literatura, foi possível determinar o panorama da evolução técnica e temporal da AIA em São Paulo. Como principais resultados foram identificados: (1) inserção da etapa de scoping e aumento do nível de detalhamento dos TR; (2) inclusão da etapa de participação pública e melhor consideração das informações obtidas em audiências públicas; (3) EIAs mais longos, com diagnósticos ambientais mais abrangentes e com maior quantidade de dados primários, maior uso de recursos gráficos, proposição de programas ambientais e maior nível de detalhamento geral; (4) pareceres técnicos mais longos e detalhados, com mais exigências técnicas e que consideram as etapas posteriores de licenciamento e a fase de acompanhamento. Também foram identificadas lacunas como: (5) TRs com orientações genéricas; (6) baixa participação de outros órgãos reguladores no processo de AIA; (7) participação pública tardia; (8) deficiente consideração de alternativas locacionais e tecnológicas; (9) diagnósticos ambientais descritivos e sem abordagens analíticas; (10) ausência de guias de orientação; e (11) necessidade de capacitação dos profissionais envolvidos, para novos conteúdos e abordagens. Uma vez verificadas as inovações ausentes ou presentes, as hipóteses sobre os motivadores que as desencadearam foram extraídas a partir da literatura e de documentos de referência internacional. Os principais fatores foram: (i) melhorias em legislação, (ii) aumento do rigor do órgão ambiental, (iii) melhor orientação para os estudos ambientais, (iv) acúmulo de experiência. Baseando-se nas deficiências observadas e nos fatores de motivação identificados para inovações, foram identificadas possibilidades de melhorias, relativas à adoção de novas metodologias; alterações de procedimentos do órgão ambiental; atualização de legislações; adoção de guias de orientação; e inclusão de novos conteúdos a serem abordados. As melhorias propostas são apresentadas na forma de uma carta de propostas e recomendações