Cotidiano e pobreza: impasse da sobrevivência em Teresina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Araujo, Maria Mafalda Baldoino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-04012023-183328/
Resumo: Com este trabalho pretendemos resgatar o cotidiano do homem pobre, na cidade de Teresina no final do sec. XIX e inicio do sec.XX. Tentamos reconstruir a vida de homens, mulheres, velhos e crianças pobres vivendo numa cidade provinciana em época onde o discurso da elite piauiense era de ordem e progresso. Teresina nos anos de 1877-1879 inchava mais que crescia em virtude das levas de imigrantes nordestinos que chegavam a essa cidade em busca da sobrevivência. Neste momento ocorria a multiplicação de pobreza. A fome, a doença e a miséria afetavam a cidade. As oportunidades de emprego eram pequenas para absorver um contingente de mão-de-obra abundante. Dai essa população lutando pela sobrevivência empregava seu tempo em pequenos expedientes em trabalhos como calcamento de ruas, construção de igrejas taludes do rio parnaiba e cemitério. Muitos deles viviam de caridade publica. Perambulava pelas ruas homens, velhos, mulheres e crianças de mãos estendidas pedindo uma ajuda pelo amor de deus. Esta era uma cena que enquietava a elite teresinense. Aliás esses excedentes sociais constituíam uma ameaça cotidiana para a elite. Eram vistos como os principais responsáveis pela desordem física e moral da cidade. Os proprietários de terra aproveitavam dessa mão-de-obra abundante para o trabalho da lavoura em suas propriedades nas proximidades de Teresina