Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Barros, Izabella Paiva Monteiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-03092010-105001/
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Resumo: |
O desejo materno é o responsável pelo funcionamento da função materna e já existe em um tempo anterior ao próprio surgimento do Eu da criança, ou seja, em um tempo em que o funcionamento psíquico desse sujeito recém-nascido está se esboçando. Diante disso, a função do desejo materno na constituição do sujeito é exercida pela nomeação, a qual oferece as bordas do que virá a ser o sujeito do desejo. Pode-se, então, dizer que o desejo materno e a maternagem são fatores estruturantes da vida psíquica de um bebê. Ao se acompanhar o desenvolvimento inicial da relação entre mãe e filho, há a possibilidade de planejar intervenções em caráter preventivo e, portanto, trabalhar com a saúde mental. O objetivo geral da pesquisa foi identificar, em três mães de filhos primogênitos e quatro mães de segundo filho, modificações nas expectativas, nos desejos e nos temores que tinham em relação a si e ao filho durante a gravidez e algum tempo depois de o mesmo ter nascido. Para tanto, por meio de múltiplos estudos de casos longitudinais, incluindo o reteste dos procedimentos de um trabalho anterior, este estudo exploratório utilizou-se da entrevista clínica e de aplicações do Desenho da Figura Humana, segundo a técnica de Machover, e das pranchas 1, 2, 4, 7MF, 8MF e 16 do Teste de Apercepção Temática, instrumentos estes de coleta de dados. A amostra foi composta por um grupo de 7 mulheres que já tinham dado à luz e cujas gestações foram estudadas, em etapa anterior, pelos mesmos instrumentos. A análise estrutural do material obtido por meio dos Testes Projetivos, seguida da análise temática do conteúdo da entrevista, resultou em uma interpretação psicodinâmica global que integrou todo o material do caso. Os procedimentos de análise foram repetidos para cada um dos sete casos os quais foram posteriormente comparados. Os resultados foram ilustrados com os protocolos clínicos obtidos, cujos recortes foram organizados - a fim de definir os movimentos do desejo e da posição materna antes e após o nascimento do filho - a partir de quatro categorias, a saber: a posição psíquica de mãe; suposição do sujeito; aspectos do desenvolvimento do filho da realidade e da relação entre mãe e filho; e relações na família e aspectos sócio-culturais. Após cuidadoso estudo do material, constatou-se que os sentimentos maternos são um conjunto complexo de fatores que interagem entre si, sobredeterminando-se. Soma-se a isso o fato de que cada sujeito materno é único e traz consigo uma história diferente que se modifica pela e na presença do filho. Após coletar dados longitudinalmente observou-se que o criterioso estudo da psicodinâmica das sete mulheres ao longo da gravidez, fazendo-se especial ressalva às contribuições do DFH e do TAT, já apontava para áreas potenciais de conflitos e dificuldades, assim como de facilidades, que poderiam interferir, e que assim o fizeram, no estabelecimento da relação mãe-filho |