Evolução estrutural e térmica de um batólito sin-cinemático no orógenos Neoproterozóico Araçuaí (leste do Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mondou, Mathieu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-20012011-115432/
Resumo: A faixa Araçuaí, de idade neoproterozóica, caracteriza-se por apresentar em seu domínio alóctone, uma grande quantidade de intrusões magmáticas, uma crosta parcialmente fundida e rochas de facies granulítica, características de uma geoterma elevada, configurando trata-se de um orógeno quente. A suíte tonalítica Galiléia, alojada em metassedimentos, deformada no estado magmático, representa um grande batólito que influenciou de maneira significativa o comportamento mecânico desta crosta mediana. A Anisotropia de Suscetibilidade Magnética (ASM) medida nesse batólito e usada para um estudo de petrotrama, combinado com uma investigação detalhada sobre a mineralogia magnética, permitiu caracterizar o comportamento paramagnético da Suíte Galiléia e, adicionalmente, trazer informações sobre uma deformacão complexa em 3D. As estruturas observadas se desenvolveram em um magma viscoso resultado de uma combinação da tectônica tangencial induzidas por compressão e forças gravitacionais devido ao peso da crosta sobrejacente. A cinemática do batólito é compatível com aquela descrita para as rochas dúcteis da faixa. Datações U/PB em zircões e monazitas e 40Ar/39Ar em anfibólios, moscovitas e biotitas permitiram definir a evolução termal do batólito Galiléia e de seus metassedimentos hospedeiros e trazer informações sobre o período deformacional. O batólito Galiléia colocouse durante um importante evento magmático, termal e tectônico a ~ 580 Ma. A temperatura permaneceu alta durante os primeiros ~ 50Ma da evolução termal, promovendo uma deformação quase constante do batólito no estado magmático durante várias dezenas de milhões de anos. Tais condições de alta temperatura e cinemática deformacional, estável durante períodos prolongados de tempo, são característicos de orógenos quentes. A taxa de resfriamento vagarosa de ~ 10°C/Ma sugere que após ~500Ma a taxa de exumação foi muito lenta, provavelmente ocasionada apenas pela erosão.