Estimativa de idade por meio da avaliação do desenvolvimento dentário e ósseo em jovens brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Azevedo, Alana de Cassia Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-04032017-113115/
Resumo: A estimativa de idade em indivíduos vivos representa um desafio com significativa importância nos âmbitos civil e penal. O estudo de estruturas do corpo humano para estimar a idade cronológica norteia-se na avaliação dos acontecimentos que transcorrem durante os processos de crescimento e desenvolvimento, uma vez que, comumente, apresentam uma sequência lógica e constante. A literatura mundial sugere uma abordagem multifatorial para o processo de estimativa da idade em indivíduos vivos, ou seja, a avaliação do desenvolvimento de mais de um local anatômico. Nessa perspectiva, os objetivos da primeira fase do estudo consistiram em validar o método de estimativa de idade por meio dos índices radiográficos oro-cervicais em brasileiros, além de verificar a relação entre idade real e idade estimada com a aplicação dos índices radiográficos. Na segunda etapa, objetivou-se verificar a efetividade das equações de estimativa de idade pelo exame dos dentes elaboradas por Chaillet e Demirjian (2004) e as equações para estimar a idade pelo exame das vértebras cervicais apresentadas por Caldas et al. (2007a). Por fim, o último objetivo foi elaborar novas equações para estimativa da idade real associando dados dentários e medidas cervicais dos métodos anteriores. A amostra avaliada foi composta por radiografias panorâmicas e telerradiografias pertencentes a 510 indivíduos com idades entre 08 e 24,9 anos. Durante a primeira fase da pesquisa, foram aplicados métodos de estimativa de idade por meio da avaliação do desenvolvimento de sete dentes mandibulares, vértebras cervicais e terceiros molares. Logo após, as técnicas aplicadas previamente foram combinadas por meio dos índices radiográficos: o escore radiográfico oro-cervical simplificado (EROCS) e o escore radiográfico oro-cervical simplificado sem o terceiro molar (EROCSSTM). No decorrer da segunda fase, avaliou-se a maturação dentária, atribuiu-se a pontuação referente a cada dente e a idade real foi estimada por meio de equações de regressão de Chaillet e Demirjian (2004). Em relação às vértebras cervicais, foram realizadas medidas dos corpos vertebrais e os valores substituídos nas fórmulas propostas por Caldas et al. (2007a). Os achados do estudo indicaram que entre os escores radiográficos, o EROCS apresentou taxa de acerto geral igual a 67,4% e uma relação moderada com a idade cronológica, sendo o coeficiente de determinação (R2) equivalente a 0,64; para o EROCSSTM a taxa de acerto correspondeu a 70,8% e R2 igual a 0,62. Ao aplicar a metodologia de Chaillet e Demirjian (2004) para os dentes, o erro médio foi igual a 1,3 anos, e o método de Caldas et al. (2007a) para as vértebras cervicais obteve um erro médio de 1,9 anos. As variáveis dentárias e as medidas das cervicais foram associadas e novas equações de regressão foram desenvolvidas para a amostra de brasileiros, apresentando um erro médio igual a 1,0 ano. Por fim, tem-se que os índices radiográficos oro-cervicais foram de fácil execução após um treinamento adequado, reprodutíveis e passíveis de utilização na prática forense. Além disso, recomenda-se o uso das novas equações elaboradas neste estudo ao associar dados das vértebras cervicais com informações do desenvolvimento dentário para obtenção de estimativas de idade com maior acurácia.