O uso do tempo e o fazer diário de mulheres idosas

• Ano de defesa: 2003
• Autor(a) principal: Doimo, Leonice Aparecida
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Aging; Competência Diária; Daily Competence; Elderly; Envelhecimento; Idoso; Time Use; Uso do Tempo
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-27012021-174046/

A maioria do conhecimento sobre atividades diárias de idosos resulta de estudos da área de geriatria, principalmente sobre atividades básicas da vida diária e atividades instrumentais da vida diária com o objetivo de se determinar a necessidade de assistência e de intervenção quando o desempenho torna-se insuficiente para uma vida independente. Objetivo: descrever o uso do tempo em um grupo de mulheres idosas, com base nas atividades diárias, avaliadas entre o acordar e o adormecer. Método: estudo descritivo das atividades diárias de 25 mulheres idosas, com 60 anos e mais, pertencentes a um grupo de convivência da cidade de Rio Claro. Foi feita a seleção da amostra de conveniência através da aplicação de um teste de cognição (Clock Completion Test). Utilizou-se também um instrumento para obtenção de dados pessoais e uma entrevista estruturada (\"Time Diary\") para obter o relato das atividades feitas no dia anterior à entrevista. A decodificação e classificação das atividades diárias foram feitas através de uma classificação internacional (Austrália) para estudos de uso do tempo, obtendo-se os perfis das atividades diárias distribuídos em nove grupos de atividades principais bem como seus contextos físico e social. Resultados: o grupo realizou na maior parte do tempo atividades obrigatórias, distribuídas em atividades domésticas e atividades de cuidados pessoais. A maior parte do tempo livre foi alocado com lazer passivo (assistir televisão). A casa foi o local onde se realizou a maioria das atividades (contexto físico), estando as idosas, na maior parte do tempo com membros da própria família ou sozinhas (contexto social). A maioria do grupo possui baixa renda e escolaridade e algumas idosas exercem atividades remuneradas, porém sem registro. Provavelmente houve influência de fatores individuais como idade, gênero, grau de instrução, estado civil e nível sócioeconômico sobre os padrões encontrados para o uso do tempo.