Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Farias, Norma Suely de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-17052004-133242/
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Resumo: |
Introdução. A influência de fatores sócioeconômicos na epidemia pelo HIV/Aids tem sido discutida na literatura científica. Objetivo. Estudar a mortalidade por Aids segundo condições sócioeconômicas no município de São Paulo, no período de 1994 a 1999, entre homens e mulheres de 15 a 49 anos (15 a 24; 25 a 49). Método. Trata-se de um estudo ecológico tendo como unidades de análise os 96 distritos e 5 áreas homogêneas, classificadas segundo o índice social para cada distrito. Foram utilizados dados secundários do PROGRAMA DE APRIMORAMENTO DAS INFORMAÇÕES DE MORTALIDADE DO MUNICÍPIO (PRÓ AIM), estimativas populacionais do censo de 1991 e os índices sociais do Mapa da exclusão/inclusão social para a cidade. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por Aids por sexo e idade, em cada ano e área. Foi analisada a correlação entre o logarítmo dos coeficientes de mortalidade por Aids e os índices de exclusão/inclusão social nos 96 distritos. A tendência da mortalidade por Aids foi analisada na série histórica, nas 5 áreas homogêneas. Resultados. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significativa entre o log dos coeficientes de mortalidade por Aids e o índice de eqüidade entre homens e mulheres de 15 a 49 anos, ao longo de todo o período. Observou-se uma tendência à correlação positiva significativa entre o índice de qualidade de vida e a mortalidade masculina por Aids, entre 1994 e 1998, tornando-se negativa no ano de 1999. A redução da mortalidade por Aids observada após a introdução da moderna terapêutica anti-retroviral, entre 1996 e 1999, foi maior na área mais incluída: 60% entre os homens de 25 a 49 anos e 53% entre as mulheres da mesma idade. Os menores percentuais de queda foram observados nas áreas mais excluídas: 50% na AH5 entre homens de 25 a 49 anos, e 33% na AH3, entre as mulheres da mesma idade. Os percentuais de queda foram menores na população feminina em todas as áreas. Conclusões. A despeito da terapia anti-retroviral gratuita em todo município, a queda na mortalidade por Aids apresentou diferenças em relação às áreas geográficas. Essa redução foi menor na população vivendo em áreas de exclusão social e sendo mais lenta entre as mulheres em todas as áreas. Nos distritos onde foi maior a concentração de mulheres chefes de família não alfabetizadas observou-se também uma maior mortalidade por Aids, entre homens e mulheres. A vulnerabilidade feminina em relação ao HIV/Aids tem sido amplamente discutida na literatura científica. Alguns fatores como desigualdade no acesso aos cuidados de saúde e menor aderência ao tratamento podem estar relacionados com essas diferenças. A mortalidade por Aids nas diferentes áreas deve ser também estudada de acordo com a dinâmica da epidemia, a incidência e a letalidade nessas áreas, que podem explicar achados dessa mortalidade e diferenças entre áreas de inclusão e de exclusão. |