Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Selma Sueli Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-21062013-114313/
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo geral apresentar uma análise discursiva das respostas dos sujeitos às questões do Questionário Semântico-Lexical cujos conceitos orientadores da pesquisa geolinguística são: árvore, chuva miúda e demorada, chuva de pedra, Via-Láctea e arco-íris no Atlas Linguístico do Paraná ALPR e no Inquérito Linguístico Boléo ILB. A análise toma por referência os processos e condições de produção da linguagem por meio da relação entre a língua e os sujeitos que a falam e também as situações em que se produz o dizer (ORLANDI, 2001a, p. 16). Com base nos postulados da Análise do Discurso de linha francesa, o interesse deste estudo reside na investigação dos itens lexicais empregados pelos sujeitosentrevistados em suas respostas, na atividade discursiva (SANTOS, 2012, p. 42). Pretende-se mostrar que as escolhas lexicais não são feitas de maneira inocente, que elas deixam entrever as diferentes formações discursivas nas quais se inscrevem os sujeitos ao enunciarem, tornando válidas suas escolhas lexicais. O enfoque teórico conjuga contribuições advindas da Geolinguística, da Dialetologia e da Análise do Discurso de linha francesa. Para a compreensão da escolha e uso de diferentes itens lexicais dados como respostas pelos sujeitos-entrevistados às questões selecionadas, fez-se necessário recorrer à história com o intuito de explicitar os processos socioideológicos que viabilizam a presença desses enunciados e os referendam como integrantes de uma dada formação discursiva. Tendo realizado esse percurso, é possível afirmar que, na Geolinguística, as diferentes designações que os sujeitos atribuem ao mundo dito real não podem ser consideradas unicamente como uma simples lista de itens lexicais mais empregados por esses sujeitos. Nesse sentido, é possível dizer que as diversas escolhas lexicais, produzindo novos efeitos de sentido, se constituem no registro da memória discursiva na qual se inscrevem esses sujeitos e da qual eles se apropriam em suas interações. Para além do trabalho geolinguístico, vislumbra-se a fala de sujeitos integrantes de determinados grupos sociais e históricos. Sua fala, perpassada por sentimentos, crendices, superstições ou costumes próprios desses sujeitos, revela os vários discursos de que participam, os quais, produzindo sentidos entre os locutores, desvelam as transformações sócio-históricas de um grupo social. Esse fato reforça a ideia de que o sentido se produz em um espaço social diretamente ligado à inscrição ideológica do sujeito, pois sua voz revela esse espaço social no qual ele se inscreve. |