Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pato, Christy Ganzert Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14062012-161002/
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Resumo: |
Para elucidar o lugar ocupado pela filosofia na formação e funcionamento do sistema cultural brasileiro, Paulo Arantes investigou o transplante de um conjunto de métodos e técnicas francesas, transladadas para os trópicos. Com a insolação sofrida na linha abaixo do equador, tal forma de pensar não chegou a sofrer propriamente uma desidratação, ao contrário: incorporando-se a ingredientes nacionais, como o espírito modernista, veio, sim, possibilitar uma filosofia por conta e risco. O mesmo ocorre nas artes plásticas, onde desde a chegada de Debret ao Brasil o traçado de constituição de um certo pintar em brasileiro percorre um caminho tenso entre o nosso próprio chão bruto e os ares europeus, ao que nossa paleta de cores acabou por constituir-se como forma adequada a uma sociedade onde a escravidão é moderna. Essa é, portanto, a trilha desta tese, que assume que nos outros ramos de nossa vida intelectual tal não é diferente. Nossa forma peculiar de raciocínio intelectual nosso atabalhoado típico de nação que se constrói pela deglutição do olhar estrangeiro é aqui assumida ela mesma como sintoma dos solavancos de nossa modernização periférica. E é o conceito de forma, no sentido hegelo-marxiano, o alicerce conceitual pelo qual se procura dissecar neste trabalho um ramo específico da nossa vida intelectual, qual seja o do pensamento econômico. É através dele que este trabalho procura deslindar a chave de resto imanente a todo nosso percurso de um pensar que oscila entre a crítica do processo de desenvolvimento capitalista e a própria reprodução dele mesmo, não porque haja confusão no pensar, mas justamente porque essa é a forma adequada a um capitalismo periférico que exige, junto com sua crítica, soluções de desenvolvimento e industrialização. |