Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lovo, Aline Redressa Boni Rayis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-12112019-110625/
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Resumo: |
Os Transtornos de Ansiedade são os diagnósticos clínicos que mais frequentemente aparecem em nossa sociedade. Dentre eles, o Transtorno de Ansiedade Social (TAS) é o mais comum e foi o objeto de estudo deste trabalho. O TAS acomete indivíduos desde a sua infância e compromete uma série de atividades sociais, acadêmicas e profissionais, dificultando o estabelecimento de relações interpessoais. O tratamento mais comumente utilizado é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) aliada ao uso de fármacos, com técnicas de exposição enquanto estratégia principal e que, de acordo com estudos, revelam um índice de evasão da terapia, bem como dificuldade de implementação pelo terapeuta e aumento dos sintomas de ansiedade, devido ao caráter aversivo que a exposição pode ocasionar. Estudos em Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) apontaram resultados positivos da FAP para alguns transtornos de ansiedade e levantaram a hipótese de que essa intervenção seria um bom manejo para indivíduos com TAS, uma vez que não foram encontradas pesquisas que avaliassem a FAP enquanto tratamento para a ansiedade social até a finalização deste trabalho. Considerando que indivíduos com TAS tendem a apresentar comportamentos de esquiva de situações que possam ocasionar julgamentos e avaliações negativas e, portanto, dificultar o estabelecimento de vínculos, e que a FAP tem como princípio proporcionar mudanças através da relação terapêutica, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da FAP enquanto tratamento para indivíduos com TAS e analisar os processos de mudança clínica envolvidos na utilização da FAP. A metodologia foi o delineamento experimental de caso único de linha de base múltipla. Os participantes foram uma terapeuta/pesquisadora, três clientes adultos e três aferidores de concordância. A intervenção ocorreu com a introdução da variável independente (FAP) em momentos distintos para cada participante, de acordo com as fases do experimento: linha de base (Fase A) e introdução da FAP (Fase B). Uma sessão de seguimento foi realizada um mês após o término da psicoterapia para cada participante. Foram transcritas e categorizadas cinco sessões de cada fase para cada participante, com o uso do Sistema de Categorização da Psicoterapia Analítica Funcional (FAPRS), buscando encontrar os processos envolvidos nas mudanças clínicas, com ênfase na relação terapêutica. As melhoras dos clientes foram avaliadas e analisadas por meio dos seguintes instrumentos: Outcome Questionnaire (OQ-45), Beck Depression Inventory (BDI), Liebowitz Social Anxiety Scale (LSAS) e Social Phobia Inventory (SPIN). Os resultados apontaram que após a introdução da FAP os comportamentos clinicamente relevantes do tipo problema (CRB1) diminuíram consideravelmente e os comportamentos clinicamente relevantes de melhora (CRB2) aumentaram drasticamente. Os outros instrumentos não apresentaram resultados significativos em relação ao uso da FAP. Assim, este estudo pontua a eficácia da FAP para o tratamento de indivíduos com TAS, bem como do delineamento de linha de base múltipla em pesquisas de prática clínica |