Impasse e desafios do documentário em primeira pessoa: trajetórias da voz e do corpo revisitadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Yoshisaki, Marcos Vinicius
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-15072024-111330/
Resumo: Ao longo das últimas cinco décadas, o documentário em primeira pessoa consolidou-se como uma das principais vertentes da produção documentária autoral por todo mundo. Com o progressivo crescimento do volume de filmes, no entanto, críticos, curadores e pesquisadores começaram a sinalizar para possível padronização estética e metodológica da produção, que passou a manifestar características por vezes recorrentes e antecipáveis. Ainda assim, o documentário pessoal continua a engajar cineastas de diferentes faixas etárias e nacionalidades, interessados(as) em abordar seus universos íntimos e pessoais nos filmes. Assim, a produção em primeira pessoa convive, por um lado, com ressalvas cada vez mais eloquentes do público especializado, e, por outro, com o estímulo para expressão subjetiva e pessoal, influenciada pela dinâmica das relações nas redes sociais digitais. Esse cenário de impasse é o ponto de partida da pesquisa. A partir dele, analiso noções fundamentais do documentário em primeira pessoa, como a figura do diretor(a)-personagem e duas de suas principais formas de autoinscrição no texto fílmico: a narração pessoal e a presença do corpo do diretor(a) na imagem. A fim de melhor compreender o atual momento do documentário em primeira pessoa, realizo uma revisão histórica e teórica desses dois procedimentos estilísticos, extensamente utilizados nos filmes pessoais e, portanto, responsáveis em parte pela sensação de saturação provocada pelo conjunto da produção. No último capítulo, abordo diferentes temas e discussões pertinentes à produção em primeira pessoa na atualidade.