Aspectos biológicos e avaliação de danos de Spodoptera frugiperda, (J. E. Smith, 1797) (Lepidoptera, Noctuidae) em algodoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Veloso, Valquíria da Rocha Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220208-031441/
Resumo: Estudou-se a biologia comparada de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) em dois substratos naturais e avaliaram-se os danos causados na produção do algodoeiro, verificando-se também o número de estruturas frutíferas danificadas durante o período de atividade das lagartas em diferentes épocas de desenvolvimento da cultura. Os aspectos biológicos foram estudados em laboratório em sala de criação mantida a temperatura de 25±2ºC, com umidade relativa de 60±10% e fotoperiodo de 14 horas. Os substratos naturais utilizados foram folhas de algodoeiro da cultivar IAC-17 e folhas de milho híbrido HMD-7974. O efeito do inseto na produção do algodoeiro e no número de estruturas frutíferas danificadas foi estudado em condições de campo com a cultivar IAC-17. Em função dos dados biológicos obtidos, observou-se que o período larval e o número de instares encontrados foram influenciados pelo alimento fornecido, obtendo-se uma duração para o período larval de 22,67 e 16,02 dias, respectivamente; em algodoeiro e milho. O número de ínstares larvais foi 7 em algodoeiro e 6 em milho. Os machos de S. frugiperda são mais sensíveis à alteração de alimento, observando-se um alongamento na duração pupal quando as lagartas se desenvolvem em folhas de algodoeiro. A capacidade de postura foi afetada pelo substrato alimentar, sendo maior para as fêmeas provenientes de lagartas criadas em folhas de milho. O ciclo total (de ovo até a morte do adulto) foi de 43,36 e 38,14 dias, respectivamente, em algodoeiro e milho, mostrando, assim, um melhor desenvolvimento em milho. Para a avaliação dos danos causados pelas lagartas na produção do algodoeiro, utilizaram­se 4 níveis de infestação artificial aos 75 e 95 dias da germinação das plantas. Os danos foram avaliados através da produção de algodão em caroço, por parcela. As diferenças na produção em plantas infestadas aos 75 e 95 dias da germinação, comparadas com a testemunha, foram estatisticamente significativas para as infestações com 1, 2 e 4 lagartas por planta. Aos 75 dias, devido ao fato de existirem poucos órgãos frutíferos, a redução na produção deu-se devido ao ataque das lagartas aos ponteiros e aos caules, com corte parcial ou total. Na infestação aos 95 dias a produção diminuiu linearmente em relação aos diferentes níveis de infestação; nesta época as lagartas mostraram preferência pelas estruturas frutíferas do algodoeiro. Analisou-se também o número de estruturass frutiferas danificadas pelas lagartas em diferentes épocas de desenvolvimento da cultura. As épocas de infestação não causaram diferenças significativas. No entanto, o número de insetos afetou significativamente os danos provocados nas maçãs, e o dano total de estruturas frutiferas. Foi observado, ainda, que a lagarta de S. frugiperda destruiu, 3,78 estruturas frutíferas durante o seu desenvolvimento.