Avaliação de danos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797)(Lepidoptera: Noctuidae) no arroz irrigado em cultivar precoce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Grützmacher, Anderson Dionei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20200111-124947/
Resumo: Infestações artificiais com lagartas de Spodoptera frugiperda e desfolhamentos artificiais na cultivar precoce de arroz irrigado Embrapa 6-Chuí, aos 15 e 30 dias após a emergência das plantas, em experimentos à campo e em casa-de-vegetação, objetivaram determinar os níveis de dano e de controle desta praga. Em experimentos de laboratório foi determinado o consumo médio da área foliar por uma lagarta, em função do sexo e instar, em folhas de arroz das cultivares BR-IRGA 410 e Embrapa 6-Chuí. No campo, entre níveis de desfolha (x) e produção de grãos (y) foram obtidas equações de regressões, sendo: y = -2,5798x + 632,20 para desfolhações artificiais realizadas aos 15 dias após a emergência das plantas. Foi observado que 1 % de desfolha/m2 causou redução aproximada de 0,49% na produção de grãos. Em desfolhamentos realizados 30 dias após a emergência das plantas obteve-se: y = -2,8364x + 638,29, sendo observado que 1% de desfolha/m2 causou redução aproximada de 0,53% na produção de grãos. Os níveis de desfolha foram correlacionados significativamente com o número final de perfilhos, porcentagem de perfilhos férteis, número de panículas, peso de panícula, produção de grãos e com o número de dias para o início do florescimento e para a colheita. Foram obtidas também equações de regressões entre níveis de infestação (x) e produção de grãos (y), sendo: y = -3,551 x + 471,46 para infestações artificiais com lagartas de S. frugiperda realizadas aos 15 dias após a emergência das plantas. Com base na equação de regressão linear foi constatada que uma lagarta/m2 reduziu em aproximadamente 0,60% a produção de grãos. Em infestações realizadas 30 dias após a emergência das plantas obteve-se: y = -3,3298x + 458,07, sendo observado que uma lagarta/m2 causou redução aproximada de 0,58% na produção de grãos. As variáveis mais afetadas, significativamente correlacionadas com as densidades populacionais foram o desfolhamento, número de grãos cheios, peso de mil grãos, produção de grãos e número de dias para a colheita, dependendo da época de infestação. Nos experimentos em casa-de-vegetação foram observados danos mais severos nos tratamentos sem irrigação, principalmente nas infestações aos 30 dias após a emergência das plantas. O tipo de recipiente, vaso+PVC ou somente vaso, influenciou significativamente na desfolha sofrida pela cultura, no número final de perfilhos por vaso, altura das plantas, número de panículas por vaso, comprimento da panícula, número de espiguetas por panícula e número de grãos cheios por panícula. A infestação com uma lagarta, aos 15 ou 30 dias após a emergência das plantas, com ou sem irrigação, influenciou no desfolhamento, número final de perfilhos por vaso, altura das plantas, peso de panículas, número de espiguetas por panícula, número de grãos cheios por panícula, porcentagem de espiguetas estéreis por panícula, produção de grãos por vaso e no número de dias para o início do florescimento e para a colheita. Em laboratório, não houve diferença significativa no consumo total de área foliar pelas lagartas nas duas cultivares em ambos os sexos. A duração do estágio larval não diferiu para machos e fêmeas nas duas cultivares, entretanto houve diferença significativa na duração da fase larval dentro dos instares, independente do sexo. O 7°o instar foi o mais longo, onde concentrou-se o maior consumo foliar diário.