Estudo comparativo entre teste rápido imunológico (LID-NDO) e PCR tempo real de raspado dérmico em álcool e em papel-filtro na hanseníase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Pagano de Oliveira Gonçalves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-17042018-135821/
Resumo: A hanseníase é uma doença infecciosa que acomete pele e nervos periféricos. Seu diagnóstico é baseado eminentemente nos seus aspectos clínicos variáveis e poucos são os exames complementares que auxiliam no diagnóstico, como baciloscopia do raspado intradérmico, histopatologia, ELISA anti- PGL1 (APGL1) e anti-LID, geralmente positivos nas formas multibacilares, dificultando o diagnóstico das formas paucibacilares. Busca-se comparar os resultados obtidos com o teste rápido imunológico (LID-NDO) Orange Life® com os resultados da PCR tempo real realizada nas amostras de raspado intradérmico e os resultados do ELISA APGL1 coletadas durante a ação por demanda espontânea (Hanseníase Brasília 2014), além de comparar eficiência entre dois métodos diferentes de conservação destas amostras (papel-filtro x álcool). Foram coletadas 277 amostras de raspado dérmico de 50 pacientes clinicamente diagnosticados com hanseníase durante a ação. Na mesma ocasião, os indivíduos diagnosticados foram submetidos à coleta de sangue periférico para teste rápido sorológico (Orange Life®) e ELISA APGL1. A extração de DNA do raspado intradérmico, armazenado no álcool e no papel-filtro, foi realizada no Laboratório de Dermatologia do HC-FMRP-USP. A PCR em tempo real foi realizada usando par de primers específicos RLEP, e o master mix sybr greenPromega. Dos 50 pacientes diagnosticados clinicamente, 90% são multibacilares. Todos os testes, tanto o teste rápido sorológico como a PCR, apresentaram maior positividade nos pacientes multibacilares. O teste rápido sorológico foi positivo em 64,44% dos pacientes multibacilares e em 40% dos paucibacilares. A PCR nas amostras armazenadas no álcool foi positiva em 19,05% dos pacientes multibacilares e a PCR do papel-filtro em 17,78%; nenhuma PCR foi positiva em pacientes paucibacilares. O ELISA APGL foi positivo em 56% dos pacientes diagnosticados. Na PCR das amostras armazenadas no papel-filtro, o sítio de coleta com maior positividade foram os cotovelos (75%). A concordância entre o teste rápido sorológico e a PCR e a concordância entre o teste rápido e o ELISA APGL1 foram fair (suave). Já a concordância entre a PCR das amostras armazenadas no álcool e a PCR das amostras armazenadas no papel-filtro foi perfeita. Concluímos que o exame clínico é ainda essencial para o diagnóstico da hanseníase, principalmente das formas paucibacilares. Os métodos de armazenamento do material coletado por raspado intradérmico (papel-filtro x álcool) não interferiram no resultado final da PCR, portanto o armazenamento no papel-filtro pode ser feito preferencialmente, pois apresenta menor custo para a extração de DNA. O teste rápido sorológico e o ELISA anti-PGL1 têm baixa especificidade, porém podem ter outras aplicações, diferentes do diagnóstico da hanseníase.