Avaliação do perfil de resistência de bactérias isoladas de hemoculturas em um hospital terciário no período de 2009 a 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campos, Mateus Rennó de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-08112022-162816/
Resumo: Infecções associadas a assistência a saúde são um problema crescente, e a o aumento na resistência bacteriana aos antimicrobianos causa maior dificuldade no tratamento levando a maior morbimortalidade. Conhecer o perfil de resistência aos antimicrobianos do serviço e importante para o uso racional de antimicrobianos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de resistência das bactérias isoladas em hemoculturas em um hospital terciário. Realizou-se um estudo retrospectivo descritivo, utilizando os resultados de hemoculturas coletadas entre 2009 e 2018. De um total de 165.844 hemoculturas, 20.476 eram positivas. Selecionando a primeira amostra de cada agente, para cada paciente, nas duas unidades do hospital, avaliamos 17.698 hemoculturas. As bactérias mais frequentes foram estafilococos coagulase negativos (46,29% do total), Staphylococcus aureus (10,13%), Klebsiella pneumoniae (7,53%), Escherichia coli (6,72%), Acinetobacter baumannii (4,73%) e Pseudomonas aeruginosa (4,20%). O Acinetobacter baumannii apresentou os maiores índices de resistência, com destaque para a sensibilidade ao meropenem que diminuiu de 64,04% em 2009 para 24% em 2018. O Staphylococcus aureus apresentou 45,27% de resistência a oxacilina. A Escherichia coli apresentou um aumento importante na resistência as cefalosporinas, com perfil ESBL em 9,26% em 2009 e 46,91% em 2018, e quinolonas (20,37% de resistência em 2009, 50,61% em 2018). De maneira geral, a presença de resistência aos antimicrobianos esteve associada ao uso prévio de maior numero de antibióticos.