Caminhos e perspectivas para a popularização da permacultura no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira Neto, Djalma Nery
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-24082017-190404/
Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo elaborar um mapeamento dos grupos de permacultura em atividade no Brasil construído a partir de um formulário online autodeclaratório, entrevistas e vivências de campo. Foram levantados dados quantitativos e qualitativos, e desenvolvida uma análise crítica do \"estado da arte\" da permacultura no Brasil a partir de seus grupos e promotores, bem como de suas práticas, que foram debatidas à luz de referenciais da teoria crítica, trazendo à tona este ainda pouco conhecido conceito e expondo alguns dos principais desafios para sua difusão. Concebida em meados dos anos 1970 pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, a permacultura é um sistema de design conectado à criação de assentamentos humanos sustentáveis e à edificação de \'um outro mundo possível\', balizado por técnicas e preceitos éticos específicos, distintos dos hegemônicos. O agravamento da crise socioambiental contemporânea, somado à notória ascensão do discurso ecológico que ganha espaço na mídia e nos mercados, faz com que a permacultura - e todo um conjunto de novas práticas consideradas \'verdes\', \'alternativas\' e sustentáveis - ganhem centralidade e atenção, tornando-se palco de uma disputa que, por um lado, visa torná-las mais um item comercializável e, por outro, as enxerga como possibilidades concretas para edificação de uma outra sociedade, mais justa, harmônica e igualitária, entendendo-as como incompatíveis aos ditames e necessidades do mercado capitalista. Alguns grupos defendem que a cooptação das práticas da permacultura transformadas em mercadoria reduziria seu potencial transformador, além de criar barreiras para sua popularização. No entanto, a sustentabilidade financeira apresenta-se também como um desafio àqueles e àquelas que dedicam suas vidas à prática e a difusão da permacultura. Tomando por base a combinação citada entre pesquisa bibliográfica, documental, entrevistas e trabalho de campo, buscou-se aqui, avaliar e discutir os caminhos e perspectivas para a popularização da permacultura no Brasil.