A relação entre índice de sentimento de mercado e as taxas de retorno das ações: uma análise com dados em painel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Yoshinaga, Claudia Emiko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-17122009-105238/
Resumo: Na teoria clássica de finanças, o sentimento do investidor não é considerado um fator importante sobre os preços das ações. Embora a existência do sentimento do investidor não seja negada, as teorias normalmente partem do princípio de que, em mercados financeiros competitivos, comportamentos de agentes quase-racionais são rapidamente eliminados. Esta tese tem o objetivo de investigar a relação entre o sentimento de mercado e as taxas de retorno futuras das ações. É proposta uma metodologia para a criação de um índice de sentimento específico para o mercado brasileiro com uso da análise de componentes principais. Com o objetivo de verificar a relação deste índice de sentimento com as taxas de retorno das ações, foi estimado um modelo de apreçamento em que esta variável foi incluída, para o período de 1999 a 2008. A amostra foi composta por empresas não-financeiras com ações listadas na BOVESPA, com uma negociabilidade mínima que garantisse observações suficientes e representativas para validar os resultados encontrados na pesquisa. O modelo de apreçamento foi estimado por GMM, levando em consideração o índice de sentimento de mercado, o risco sistêmico das empresas (medido pelo beta) e fatores como tamanho, índice market-to-book, alavancagem, momentum e crescimento da receita. Empregaram-se diferentes procedimentos para estimar os parâmetros dos modelos empíricos formulados, com o propósito de isolar influências espúrias, ocasionadas pela presença de heterogeneidade não-observada, pela existência de eventuais observações extremas ou mesmo pela possível endogeneidade dos regressores. Os resultados deste estudo empírico sugerem que o sentimento é um fator relevante no apreçamento das ações no mercado brasileiro. A relação negativa e significante entre o índice de sentimento e as taxas de retorno, encontrada consistentemente em diferentes modelos, indica um padrão de reversão nas taxas de retornos, ou seja, após um período de sentimento positivo, o impacto nas taxas de retorno no período seguinte é negativo, e vice-versa.