\"Caracterização molecular de mutações no gene pncA de isolados clínicos de Mycobacterium tuberculosis de origem brasileira\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Barco, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-15082006-201342/
Resumo: A Pirazinamida (Z), droga de primeira linha usada no tratamento da tuberculose, necessita ser hidrolisada pela enzima bacteriana pirazinamidase (PZase) para que o seu metabólito ativo, o ácido pirazinóico (POA), possa agir. O principal mecanismo molecular de resistência a esta droga envolve mutações no gene pncA, que codifica a PZase. Com base nestas informações e tendo em vista a ausência de estudos acerca de resistência à Z em isolados clínicos de M. tuberculosis em nosso país, o presente trabalho propôs caracterizar as mutações envolvendo o gene pncA, bem como relacioná-las com os resultados do teste de atividade da enzima PZase e da concentração inibitória mínima (CIM) de Z. A caracterização molecular dos isolados foi realizada por \"Spoligotyping\", sendo que, todos os isolados testados foram confirmados como pertencentes à espécie M. tuberculosis. A CIM foi realizada por três metodologias: técnica em microplaca utilizando o Alamar Azul como revelador (MABA), método de microdiluição em caldo (BMM), e método das proporções em Lowenstein-Jensen. Os resultados obtidos dão conta de uma boa associação entre as metodologias, e a determinação da CIM pelo método MABA mostrou-se uma nova e segura opção a ser utilizada para Z. A maioria dos isolados clínicos de M. tuberculosis resistentes à Z (88%), apresentaram também atividade de PZase negativa, bem como mutações no gene pncA. Algumas exceções foram encontradas, já que 12% dos isolados clínicos resistentes não apresentaram mutações no gene pncA e tiveram atividade da PZase positiva, sugerindo a existência de outro mecanismo envolvido com resistência à Z. Das 22 mutações encontradas no gene pncA, 9 estão sendo descritas apenas neste estudo. Registrou-se também a presença de 5 isolados clínicos apresentando fenótipo de monorresistência à Z.