Os espaços na prosa de Lúcio Cardoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dungue, Cleber Luis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-25112019-170138/
Resumo: Por que o espaço? Por trás dessa pergunta, há uma ideia simples: a de que, no conjunto da obra em prosa de Lúcio Cardoso, esse elemento, sobretudo a ideia de casa, corresponde a uma potente imagem literária. Nos romances do autor, a maior parte das vezes, as construções, de um modo ou de outro, remetem à noção de decadência e ruína. Esse processo, que indica uma ação do tempo sobre os lugares e as coisas, não deixa de apontar ainda para a fragilidade humana: semelhante às habitações edificadas pelo autor mineiro, seus personagens também parecem caminhar sempre rumo a um destino trágico. Isso talvez fique mais enfatizado, em vista do radicalismo, no último livro lançado em vida pelo escritor, o qual traz, na abertura, uma espécie de mapa do lugar onde a história se desenvolverá. A partir dessa intrigante imagem (planta da Chácara dos Meneses), começamos a pensar a configuração do espaço em Crônica da casa assassinada, imaginando como ele poderia iluminar o entendimento dos textos anteriores. Com isso, estabelecemos um roteiro de leitura que perpassa pelos espaços dos cinco romances publicados em vida por Cardoso (de 1934 a 1959).