Modernização da agricultura: analise de seis culturas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Carvalho, Bernardo M. Teles de S. Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220207-192403/
Resumo: O presente estudo procura caracterizar um grupo de culturas que seja razoavelmente representativo da agricultura brasileira. As culturas selecionadas foram algodão, cana-de-açúcar, soja, arroz, feijão e milho. Utilizou-se basicamente dados do Censo Agropecuário de 1975, calculando o valor de 11 variáveis para cada uma das seis culturas em cada um dos Estados da Federação, onde são atividades importantes da agropecuária, à exceção da região Norte. Essas variáveis foram selecionadas de maneira a caracterizar 3 aspectos de cada cultura: nível tecnológico-, estrutura de produção e de comercialização. Com esse conjunto de variáveis foram feitas análises estatísticas (análise discriminante e fatorial) visando evidenciar as diferenças entre grupos de cultufas com características distintas: de um lado produtos alimentares e, de outro lado, produtos exportados e industrializados. Evidenciou-se também a estrutura de relações entre as variáveis, construindo-se Índices suscetíveis de utilização na caracterização dos vários aspectos do sistema produtivo, permitindo comparações entre culturas e até mesmo entre leilões. Neste contexto encontra-se fundamento para uma análise do setor agrícola numa perspectiva dualista. Evidenciou-se o menor desenvolvimento tecnológico (menor modernização) dos produtos tipicamente alimentares e verificou-se que o relativo atraso técnico dessas culturas tem-se mantido ou agravado ao longo do tempo, com prováveis consequências nos próprios preços desses produtos. Argumenta-se que a moderna ação desses produtos ocorre em Último lugar, assinalando-se também, a maior homogeneidade entre culturas em regiões mais desenvolvidas. Todo o esforço desenvolvido insere-se numa tentativa de identificar fatores importantes e suas interrelações no processo de modernização a nível macroeconômico, em função da influência que exercem na alocação e geração de excedentes na agricultura. Procura-se contribuir para o melhor desempenho de políticas agrícolas e para o mais rápido processo de modernização, dentro de uma preocupação de identificação e realização de excedentes potenciais.