Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Espírito Santo, Evelise Nunes do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-123752/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi verificar as transformações ocorridas na agricultura dos municípios do Estado de Santa Catarina, tendo como pressuposto que as mesmas já vinham ocorrendo em períodos anteriores ao das intensas políticas de modernização adotadas na década de 1960. A metodologia utilizada foi a análise fatorial ponderada, o cálculo das medidas do grau de concentração da posse da terra e a análise do pessoal ocupado na agricultura, em cinco cortes temporais: 1920, 1950, 1975, 1980 e 1985. Os resultados mostraram que apesar de terem ocorrido alterações significativas no número de municípios, número e área total dos estabelecimentos agropecuários, o valor do índice de Gini predominou, na maior parte dos municípios, de 1920 a 1985 na faixa de média e forte concentração fundiária, com o aumento da concentração no período mais recente de 1975 a 1985. A forma de ocupação do Estado parece ter sido o principal fator a contribuir para uma distribuição menos desigual da posse da terra, quando comparado a outras regiões do Brasil. O pessoal ocupado na agricultura foi crescente de 1920 a 1985, estando no início do século principalmente nas regiões litorâneas e em 1985 na microrregião homogênea Colonial do Oeste Catarinense. A mão-de-obra familiar foi, sem dúvida, a categoria mais importante da força de trabalho desde 1950 em todo o Estado, embora tenha sofrido um leve declínio durante o período analisado. A intensidade de exploração da terra, quase sempre associada ao uso da força animal, o uso de mão-de-obra familiar e pastagens plantadas, foi o principal fator explicativo das transformações ocorridas na agricultura catarinense, divergindo dos resultados obtidos para outras regiões brasileiras. A modernização da agricultura foi parcial, limitando-se a setores ligados às agroindústrias como avicultura, suinocultura, cana-de-açúcar e fumo. Entretanto, alguns desses setores (avicultura e suinocultura principalmente) foram afetados pelas políticas econômicas adotadas desde o início do Plano Real, resultando na migração de milhares de pequenos produtores, especialmente do Oeste Catarinense. Portanto, sugere-se que futuros estudos devam considerar e avaliar os reflexos das políticas econômicas sobre os complexos agroindustriais assim como as relações destes com os produtores, com vistas a um desenvolvimento sustentável. |