Representando propriedades emergentes com autômatos celulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, William Ananias Vallerio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-16052022-203953/
Resumo: Representação é uma noção importante na prática científica. Entre várias noções de representação encontradas na literatura temos a abordagem proposta por Roman Frigg e James Nguyen conhecida como acepção DEKI. Essa visão entende que cientistas representam denotando o sistema-alvo com um modelo interpretado de tal modo que possa exemplificar propriedades relevantes para o estudo que, por sua vez, podem ser associadas a propriedades que serão imputadas ao sistema-alvo. Trata-se de uma ampliação da ideia de representação-como na qual o veículo de representação representa o alvo como alguma coisa. O propósito deste trabalho é mostrar como a acepção DEKI se aplica na modelagem de sistemas complexos por meio de autômatos celulares (AC). Resumidamente, AC são estruturas definidas em termos de unidades chamadas células que podem assumir uma quantidade finita de estados e mudá-los a partir de uma regra de transição que leva em conta os estados de células da vizinhança. Localmente, tudo que se tem é a mudança de estado das células, mas, em uma perspectiva global, padrões curiosos emergem, de modo que AC podem ser usados para modelar aspectos emergentes típicos de sistemas complexos se interpretados globalmente. Assim, podemos aplicar a acepção DEKI no seguinte sentido: AC denotam o sistema-alvo sob uma interpretação global de modo que exemplificam propriedades emergentes que podem ser associadas por alguma a chave a propriedades emergentes que serão imputadas aos alvos de interesse. Como exemplos, três casos de aplicação de AC na prática científica são considerados: na formação de cristais de neve, no espalhamento de hantavírus em roedores e na expansão urbana da Região Metropolitana de São Paulo