Associação de surdos de São Paulo: identidade coletiva e lutas sociais na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Frazão, Natalia Francisca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-09112017-133947/
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo compreender o processo histórico das ações coletivas dos surdos da Associação de Surdos de São Paulo (ASSP), entre os anos de 1950 a 2011, período que compreende a fundação desta instituição e a criação das Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos (Emebs) na capital paulista. Neste contexto, o estudo buscou entender como surgiram as ações coletivas e como elas se mantiveram no decorrer do período investigado. Desenvolvida à luz do marco teórico de Alberto Melucci (1989, 1994, 2001, 2004), a pesquisa, de cunho qualitativo, teve como principais procedimentos para a coleta de dados, o estudo de artigos, dissertações, teses e vídeos que versavam sobre movimentos sociais; documentos da ASSP disponibilizados pelos seus dirigentes; e duas entrevistas narrativas com dois ex-presidentes da instituição. Pode-se observar que as ações coletivas que culminaram na fundação da ASSP tiveram início na década de 1950, a partir do interesse dos surdos em ter um espaço de convivência e de prática esportiva. Este espaço, em continua interação com outros atores sociais, acabou por propiciar o fortalecimento de uma identidade coletiva e a formação política de muitos surdos, fato que motivou outras ações coletivas, que foram determinantes para a fundação da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) e da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). Nesta rede de relações que foram sendo estabelecidas no decorrer da história, a ASSP teve um papel de destaque nos movimentos surdos que visaram o reconhecimento da Libras e a defesa pela educação bilíngue para surdos, assim como na transformação das antigas Escolas Municipais de Educação Especial do município de São Paulo em Escolas Municipais Bilíngues para Surdos (Emebs).