Estudo do efeito estimulador de nanopartículas de PDDA conjugadas a ovalbumina sobre células dendríticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Daniele Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-09102023-101635/
Resumo: Nanoestruturas poliméricas catiônicas possuem características de interesse no design de novas vacinas, devido às suas propriedades físico-químicas e potencial estimulador de resposta imune. Neste contexto, as propriedades imunoestimuladoras do cloreto de poli(dialildimetilamônio), polímero que mantém sua carga positiva no pH 6,3 da água e é capaz de conjugar-se à ovalbumina (OVA), têm sido avaliadas. Resultados prévios mostraram que animais imunizados com OVA/PDDA apresentam resposta imune humoral e celular OVA-específica. Portanto, analisamos no presente estudo a atividade das NPs de OVA/PDDA sobre a célula dendrítica (DC) e a indução da resposta imune adaptativa OVA-específica. A formação das nanopartículas (NPs) de OVA/PDDA foi conrmada apresentando elevada turbidez, baixo índice de polidispersão e diâmetro hidrodinâmico médio de 178 nm. Em experimento de imunização de camundongos com OVA/PDDA ou OVA/Alum, pudemos verificar a indução de resposta celular OVA-específica (reação de hipersensibilidade tardia - DTH no 7° dia pós-imunização) e produção de anticorpos IgG1 e IgG2a anti-OVA avaliadas nos dias 21 e 28 pós-imunização em relação aos não-imunizado. A imunização com OVA/PDDA induziu maior reação de DTH e produção de anticorpos em relação à imunização com OVA/Alum. Após 28 dias de imunização dos animais com OVA/PDDA houve aumento de células CD19CD138+ e CD19+CD38+CD27+, além de células T efetoras polarizadas para Th1 e Th2. Os resultados in vivo também mostraram aumento da migração de DCs para o tecido linfóide drenante, assim como aumento da maturação desta população celular nos animais imunizados com OVA/PDDA. Também vericamos que a imunização com OVA/Alum induziu a maturação das DCs in vivo. Em experimentos in vitro com DCs diferenciadas de medula óssea de camundongos (BM-DCs), vericamos que as NPs de OVA/PDDA (100g/10g/mL) não apresentaram atividade citotóxica. Outros resultados mostraram maior ligação e internalização de OVA/PDDA pelas DCs em relação à OVA. Os dados mostraram também, que OVA/PDDA foi capaz de induzir a maturação das DCs in vitro quando observada a expressão das moléculas coestimuladoras 11 (CD80, CD86 e CD40) e de MHC de classe II, assim como a incubação com OVA/LPS. A produção de TNF- e IL-12 pelas DCs também foi induzida após incubação com OVA/PDDA. Além disso, DCs previamente incubadas com OVA/PDDA induziram a proliferação de linfócitos T OVA-especícos em ensaio de co-cultura. Em conjunto, os resultados permitiram conrmar o potencial adjuvante de OVA/PDDA in vivo e ainda, vericar a capacidade das NPs de ativar as DCs in vivo e in vitro. Assim sendo, os resultados contribuem para o entendimento da ação do polímero catiônico conjugado à OVA (OVA/PDDA) sobre a resposta imune celular e humoral, desde sua potencial ação sobre sobre as DCs.