Avaliação de células dendríticas ativadas como tratamento da esporotricose murina em modelo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Jellmayer, Juliana Aparecida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191406
Resumo: A esporotricose é uma micose de distribuição universal causada por fungos termodimórficos do complexo de espécies Sporothrix schenckii (S. schenckii). No Brasil, a esporotricose é considerada endêmica, sendo normalmente adquirida pela inoculação acidental do seu agente causal através da pele ou através da transmissão zoonótica por gatos infectados. As formas clínicas podem variar entre cutânea, linfocutânea e sistêmica, esta última sendo mais comumente observada em pacientes imunodeprimidos. A ineficácia do tratamento antifúngico contra esta micose, especialmente em pacientes imunocomprometidos, tem levado à busca de terapias mais eficazes e seguras. Com base em vários estudos que mostram a eficiente utilização de células dendríticas como ferramenta para o desenvolvimento de vacinas contra diferentes fungos, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade protetora de células dendríticas derivadas da medula óssea (BMDCs) ativadas com as proteínas da superfície celular de S. schenckii (PSCs) em camundongos infectados com S. schenckii strictu sensu. As BMDCs foram estimuladas com PSCs e analisadas quanto à expressão superficial de moléculas co-estimulatórias, bem como à secreção de citocinas pró-inflamatórias. Posteriormente, camundongos sádios foram vacinados com uma ou duas doses de BMDCs para avaliar a sua imunogenicidade e, por último, foi avaliado o efeito das BMDCs em camundongos infectados por S. schenckii. Nossos resultados mostram que as PSCs foram capazes de ativar as BMDCs. A imunização de camundongos saudáveis com BMDCs estimulados por PSCs induziu uma resposta imune com perfil Th17, com aumento da frequência de células IL-17A+ e da liberação de IL-17 e IL-6. Já a vacinação com BMDCs estimuladas com PSCs nos camundongos infectados com S. schenckii levou à redução da carga fúngica no baço desses animais, além do aumento da frequência de células Th IL-17+ e Th IFN+ e uma maior secreção de IL-10, IL-17 e IFN-γ, induzindo uma resposta Th1/Th17 mista. Como um todo, nossos resultados mostram que a vacinação com BMDCs estimuladas com PSCs foi capaz de conferir proteção nos animais vacinados, o que nos leva a crer que é possível, com os ajustes adequados, utilizar DCs como ferramenta terapêutica contra a esporotricose.