Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Hotimsky, Nina Nussenzweig |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-13112019-125538/
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Resumo: |
Este trabalho investiga a encenação censurada de Calabar. A peça foi escrita por Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra em 1973, dirigida por Fernando Peixoto no mesmo ano, e censurada às vésperas da estreia pela Ditadura Civil-Militar. A pesquisa reuniu documentos ligados ao trabalho teatral realizado, incluindo depoimentos inéditos do período, gravados em fita cassete por Fernando Peixoto e pelo diretor assistente Mário Masetti. Foram também realizadas entrevistas com artistas que participaram do processo de ensaios. A partir desses materiais, foi produzida uma análise da montagem interrompida, organizada em três capítulos. O primeiro deles trata do processo de produção da peça. Muitas das reflexões de Peixoto sobre Calabar estão ligadas aos limites e possibilidades estabelecidos por sua forma de produção. O encenador avalia os impasses das produções teatrais de esquerda inseridas no circuito comercial. O segundo capítulo descreve e analisa o trabalho da equipe de direção sobre a dramaturgia. Peixoto e Masetti realizaram diversas reflexões sobre as potências do texto, e os pontos em que a montagem entrava em atrito com as proposições dramatúrgicas. Por fim, no terceiro capítulo, foram analisados aspectos da encenação censurada. Peixoto articulou um enunciado da encenação a partir da presença de um coro que representava o povo. Nele se projetava um vislumbre de luta popular, sem a presença de um herói. A participação do coro nessa montagem dialoga com certa tradição de teatro musical politizado da década de 1960, mas sua especificidade está ligada à conjuntura do Brasil da década de 1970. Ao estudar a encenação censurada de Calabar, essa pesquisa procurou investigar as relações entre forma cênica, condições produtivas e contexto histórico |