Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Muller, Amanda Gabriela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-27042018-145131/
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Resumo: |
Introdução: Fadiga é um fenômeno complexo e multifatorial que foi aceito como um diagnóstico de enfermagem pela NANDA-Internacional em 1988. Pouco se conhece acerca das características da fadiga em pacientes com DAC crônica no pré e pós-operatórios de cirurgia de revascularização do miocárdio(RM). Futuramente, esse conhecimento poderá contribuir para guiar o enfermeiro no delineamento e na implementação de intervenções, com vistas ao alcance de resultados positivos na saúde dessas pessoas. Objetivo: Analisar as características da fadiga em pacientes com DAC crônica no pré e no pós-operatórios de cirurgia de RM. Método: Estudo longitudinal, prospectivo e analítico realizado em hospital de referência em cardiologia em São Paulo, entre maio e dezembro de 2016. Foram incluídos inicialmente 159 pacientes e excluídos 22, na avaliação pré-operatória. Em relação à avaliação pós-operatória foram excluídos dois pacientes e houve perda de seguimento de 15. A coleta de dados foi realizada no pré-operatório e pós-operatório. A fadiga foi avaliada pela Dutch Fatigue Scale (DUFS) e a fadiga ao esforço pela Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS). Para verificar a prevalência/incidência de fadiga e de fadiga ao esforço, utilizou-se teste diagnóstico e o ponto de corte daquelas escalas foi estabelecido por meio da curva Receiver Operator Characteristics (ROC). Depressão, dor, dispneia e qualidade e eficiência do sono foram avaliadas por instrumentos validados. A consistência interna dos instrumentos foi verificada por meio do coeficiente alfa de Cronbach. Para verificar a associação da fadiga e da fadiga ao esforço com as variáveis pré e pós-operatórias foram utilizados os testes t de student, análise de variância (ANOVA), coeficiente de correlação de Pearson e coeficiente de correlação tau de Kendall e o modelo de regressão linear. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram incluídos 137 participantes em pré-operatório de cirurgia de RM (75,9%, sexo masculino; 62,4 ± 8,3 anos). Os pontos de corte estabelecidos para a fadiga e fadiga ao esforço foram, respectivamente, 18,5 (DUFS) e 17,5 (DEFS). A prevalência de fadiga e fadiga ao esforço no pré-operatório foi de 67,2% e a incidência de fadiga no pós-operatório foi de 21,7%. O escore médio da DUFS foi 23,3 ± 8,4 no pré-operatório e 23,0 ± 8,4 no pós- operatório; e da DEFS foi 23,8 ± 9,8 no pré-operatório. A análise de regressão linear mostrou que os fatores preditivos de fadiga (DUFS) avaliada no pré-operatório foram depressão e qualidade do sono; para a fadiga ao esforço (DEFS) foram depressão, qualidade do sono e sedentarismo. O fator pré-operatório preditivo de fadiga (DUFS) avaliada no pós-operatório foi a depressão. Os fatores pós-operatórios, que permaneceram no modelo de regressão, associados à fadiga (DUFS) avaliada no pós-operatório foram dor e dispneia. Conclusão: Pacientes com DAC apresentam relevante fadiga e fadiga ao esforço no pré e pós-operatórios de cirurgia de RM. Depressão é um fator preditivo de fadiga no pré e pós-operatórios de cirurgia de RM. Qualidade do sono e sedentarismo são fatores preditivos de fadiga ao esforço no pré-operatório. Por sua vez, dor e dispneia se associaram com a intensidade de fadiga no pós-operatório. |