Incorporação de nanofibras de polimetilmetacrilato (PMMA)-cério (Ce) na resina acrílica para base de próteses removíveis: avaliação das propriedades físico-mecânicas, citotoxicidade e atividade antifúngica contra Candida albicans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rangel, Bianca Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-16102024-103106/
Resumo: O objetivo deste estudo foi sintetizar e caracterizar nanofibras de polimetilmetacrilato (PMMA) cério (Ce) e investigar o efeito de sua incorporação sobre as propriedades biológicas, físico-mecânicas e citotoxicidade da resina acrílica de PMMA para base de próteses removíveis. As nanofibras de PMMA-Ce com diferentes concentrações de cério (5%, 10%, 15% e 20%) foram produzidas a partir da técnica de fiação por sopro em solução (SBS) e caracterizadas a partir de microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), termogravimetria, calorimetria de varredura diferencial e espectroscopia de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado. Ainda, foram avaliadas quanto à atividade antifúngica pelo teste de difusão em ágar. Diferentes proporções (0,5%, 1%, 2,5% e 5% em peso) de nanofibras de PMMA-Ce foram incorporadas a uma resina acrílica termopolimerizável (Onda-Cryl). O material modificado pelas nanofibras foi avaliado quanto a atividade antifúngica, resistência à flexão, microdureza Knoop, rugosidade superficial (Sa e Sq), ângulo de contato, parâmetros de cor (L*, a* e b*) e citotoxicidade. Os dados foram analisados pelos testes Kruskal-Wallis e Dwass-Steel-Chritchlow-Fligner (difusão em ágar, contagens de UFC/mL, dureza, rugosidade superficial e parâmetro de cor L*), ANOVA de 1 fator e teste de Tukey (resistência à flexão, dureza, ângulo de contato e os parâmetros de cor a* e b*) e ANOVA de medidas repetidas e teste de Tukey (citotoxicidade). As nanofibras de PMMA-Ce 15% apresentaram atividade antifúngica (p<0,05) e liberaram íons Ce por 14 dias. Após a incorporação das nanofibras de 15%, a resina acrílica não apresentou atividade antifúngica no teste de difusão em ágar e contagens de UFC/mL nas fases de adesão e formação de biofilme de Candida albicans (p>0,05), o que foi confirmado pela liberação de íons Ce abaixo dos limites detectáveis. Nas proporções de 2,5% e 5%, as nanofibras resultaram em redução da resistência à flexão e alteração de cor da resina acrílica (p<0,05). Houve diminuição da dureza do material modificado nas proporções de 0,5% e 5% (p<0,05). Independentemente da proporção testada, as nanofibras resultaram em aumento do ângulo de contato da resina acrílica (p<0,05), sem alterar sua rugosidade superficial (p>0,05). Em relação à citotoxicidade para as células HGF-1 e NOK-SI, o PMMA modificado pelas diferentes proporções de nanofibras não apresentou diferença significativa do PMMA puro nos intervalos de tempo analisados (p>0,05). A incorporação de nanofibras de PMMA-Ce à resina acrílica de PMMA não resultou em atividade antifúngica e interferiu deleteriamente com as propriedades físico-mecânicas do material modificado, sem alterar sua citotoxicidade.