Avaliação da atividade antimicrobiana de nanopartículas de prata e zircônia incorporadas em verniz fotopolimerizável contra biofilme de Candida albicans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Silvio Luiz Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25150/tde-19052023-121055/
Resumo: A estomatite protética (EP) é uma doença multifatorial e muito frequente em usuários de próteses totais removíveis (PTR), principalmente as superiores, sendo muito associada com a presença de biofilme microbiano sobre a base das PTR. O fungo Candida spp. é a principal família de microorganismos encontrada neste biofilme, sendo a espécie C. albicans a mais observada. Neste sentido, muitos fatores locais contribuem para a formação do biofilme e, consequentemente, para a ocorrência da EP, dentre os quais incluem a rugosidade superficial e o caráter hidrofóbico da superfície de PTR a base de polimetilmetacrilato (PMMA). O uso de vernizes protéticos à base de metacrilatos tem sido proposto com o intuito de selar os poros e eliminar eventuais imperfeições na superfície dos dispositivos protéticos. Visto que nanopartículas de prata e de zircônia têm potencial antimicrobiano, a incorporação destas aos vernizes protéticos pode agregar benefícios a este material odontológico e, colaborar para o tratamento da EP. Avaliar o efeito antimicrobiano de nanopartículas de prata (NpsAg) e de zircônia (NpsZr) quando associadas à verniz fotopolimerizável contra biofilmes de Candida albicans induzidos in vitro. Após o tratamento da superfície de corpos de prova de resina acrílica termopolimerizável com verniz protético incorporado ou não (grupo Ver) com NpsAg ou NpsZr (Ver+Ag ou Ver+Zr), biofilmes de C. albicans foram induzidos sobre tais superfícies, durante 24h, 7 e 14 dias. Como controles, foram utilizados corpos de prova que não receberam tratamento (PBS) e corpos de prova tratados com verniz associado à nistatina (Ver+Nist). A atividade microbiana foi avaliada por meio da quantificação do biofilme pela contagem de unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL) e pelo percentual de redução da atividade metabólica das células fúngicas pelo ensaio colorimétrico de redução de sais de tetrazólio (XTT). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão e submetidos à análise de variância (ANOVA), seguido do teste post-hoc de Tukey HSD. A incorporação de nanopartículas (prata ou zircônia) ao verniz fotopolimerizável resultou em maior redução das UFC/mL do biofilme de C. albicans em comparação ao tratamento somente com verniz (grupo Ver) no período inicial de 24 horas. Ainda em comparação ao tratamento com verniz apenas, a incorporação de nanopartículas de prata levou a maior redução da atividade metabólica do biofilme nos períodos de 24 horas e 14 dias, enquanto a incorporação de nanopartículas de zircônia resultou nesta maior redução no período de 7 e 14 dias. A incorporação de nanopartículas de prata e de zircônia potencializaram o efeito antimicrobiano do verniz fotopolimerizável contra o desenvolvimento do biofilme de C. albicans sobre a superfície de resina acrílica termopolimerizável, apresentando efeitos promissores e inovadores para uso temporário na prevenção e tratamento da EP.