Relação dinâmica entre a estrutura de propriedade e controle e o valor de mercado corporativo no Brasil: análise da primeira década do século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Caixe, Daniel Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-20062012-105448/
Resumo: O modelo brasileiro de governança corporativa é caracterizado pela concentração na estrutura de propriedade e controle da maioria das companhias de capital aberto. Nesse contexto, a literatura acadêmica aponta a existência de um impacto positivo e outro negativo desse acúmulo de ações pelo (s) controlador (es) sobre o desempenho corporativo, conhecidos, respectivamente, como: efeito-incentivo (ou alinhamento); e efeito-entrincheiramento. Diversos estudos empíricos nacionais e internacionais testaram essas duas hipóteses, entretanto, dada a divergência entre seus resultados, ainda não há evidências conclusivas sobre a influência da concentração de propriedade sobre o valor das organizações. Diante desse problema, a presente dissertação teve dois objetivos principais: buscar possíveis determinantes corporativos da concentração de propriedade e controle, isto é, averiguar seu caráter endógeno (Parte 1); e testar se essa concentração influencia o valor de mercado corporativo (Parte 2). Para tanto, foi utilizado um painel não balanceado para o período de 2001 a 2010, composto por 237 empresas brasileiras não financeiras de capital aberto. Com o intuito de mitigar possíveis fontes de endogeneidade como a omissão de variáveis, o efeito feedback e a causalidade reversa, foram empregados modelos dinâmicos de regressão linear múltipla, estimados pelo Método dos Momentos Generalizado Sistêmico (MMG-Sis). Os resultados da primeira parte do estudo não sustentam a hipótese de que o caráter da estrutura de propriedade e controle é endógeno. Já na segunda parte da pesquisa, o efeito-incentivo foi captado pelo valor de mercado corrigido do total de ações do maior acionista. Enquanto a concentração no direito de voto e a separação entre propriedade e controle capturaram o efeito-entrincheiramento.