Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Reis, Fernando Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-19122024-201510/
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Resumo: |
O clima urbano é produzido através da relação sociedade-natureza, sendo essa natureza apropriada e transformada pela sociedade no processo de produção desigual do espaço, produzindo diferentes microclimas no espaço intraurbano. Uma forma de mensurar os efeitos da produção do espaço, as desigualdades socioespaciais, é através do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), uma das variáveis desse indicador é a renda per capita, que reflete na (in)adequação das moradias e na morfologia urbana. No caso do município de São Paulo, foi mensurado o IDHM das 32 subprefeituras. O município é composto por subprefeituras com IDHM muito alto, alto e médio e, nelas, estão contidos os distritos. Analisamos o distrito do Jardim Paulista (DJP), localizado na subprefeitura de Pinheiros com IDHM de 0,942 (muito alto), onde se concentra população com renda elevada, menor densidade demográfica, lotes maiores, ruas arborizadas e casas com jardins e quintais, e o distrito da Vila Jacuí (DVJ), localizado na subprefeitura de São Miguel Paulista, com IDHM de 0,736 (alto), com população de baixa renda, maior densidade demográfica, lotes menores, ruas não arborizadas e casas sem jardins e quintais. O estudo teve como objetivo analisar áreas com diferentes IDHMs na cidade de São Paulo, padrões urbanísticos, formas urbanas distintas, decorrentes da má distribuição de renda, e como a morfologia urbana pode produzir e revelar diferentes microclimas na cidade. Não obstante, foram instalados termo-higrômetros nas hortas das Mulheres do Grupo de Agricultura Urbana (GAU), Horta Antiga (GAUA) e Horta Nova (GAUN), localizadas no DVJ, para verificar se essas hortas apresentavam condições microclimáticas diferentes do seu entorno. Para alcançar os objetivos, foram realizados mapeamento das áreas, por meio de carta de temperatura de superfície, mapa da cobertura da terra, mapa do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) e foram instalados termo-higrômetros para medir a temperatura do ar e analisar as diferenças microclimáticas nos quatro pontos de coleta de dados: DJP, DVJ, GAUA e GAUN. Com os resultados da pesquisa, constatou-se que o DJP apresenta temperaturas reduzidas em relação ao DVJ, chegando a registrar, entre uma localidade e a outra, diferença de temperatura do ar de 7,9 ºC (inverno) e 8,8 ºC (verão). No entanto, no DVJ, nas hortas das Mulheres do GAU, foram registradas temperaturas do ar reduzidas em relação ao seu entorno, a diferença de GAUA para o ponto representativo do DVJ foi de 4,8 ºC (inverno) e 5,9 ºC (verão), ou seja, a horta gera condições microclimáticas diferentes das áreas pobres em verde que são analisadas neste estudo |