Movimentos sociais, comunicação e educação na América Latina: uma análise comparativa dos movimentos secundaristas no Chile e no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gregório, Maria Eugenia Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-03012023-175813/
Resumo: O início do século XXI foi marcado por uma série de ações coletivas e mobilizações de movimentos sociais que protestavam contra as desigualdades e as injustiças sociais produzidas pelo avanço do neoliberalismo e da globalização. São exemplos, a Primavera Árabe, o movimento Occupy Wall Street, os indignados da Espanha, entre outros, que têm em comum valores, formação, indignação contra as injustiças sociais, fazendo uso das chamadas Tecnologias de Informação e Comunicação, as TICs. Na América Latina do século XXI, no período democrático posterior às décadas de ditaduras, milhares de estudantes secundaristas ocuparam distintos espaços públicos, físicos e virtuais mobilizados via redes sociais, em casos como as mobilizações massivas do movimento secundarista no Chile em 2006 e depois em 2011 e no Brasil, de 2015 e 2016. Diante de tais formas de agir coletivamente, objetivamos analisar as características organizacionais políticas, comunitárias e sociais dos movimentos secundaristas chilenos (2004-2006-2011) e brasileiros (2015-2016). Desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, realizando análise bibliográfica e entrevistas semiestruturadas com sete ex-lideranças secundaristas das cidades de Quilpué e Santiago, do Chile, e Diadema e São Paulo, do Brasil. Em seguida, utilizamos a Análise de Conteúdo, relacionando-a a nossas referências teóricas, construindo as categorias: gestão do movimento, relação com as instituições e relação com as organizações não formais, produção político-cultural do movimento secundarista e com o movimento secundarista. Consideramos que as semelhanças entre os movimentos em ambos os países passam pelo questionamento constante dos significados da representação democrática, assumindo que a comunicação em seu sentido dialógico cumpre um papel fundamental, em seu formato híbrido, ou seja, presencial, como nas assembleias, e virtual, como na comunicação pelas redes sociais.