Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Bitencourt, Gabriela Siqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-21072010-105947/
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Resumo: |
Publicado em 1929, o romance Berlin Alexanderplatz de Alfred Döblin foi considerado, desde as primeiras resenhas, um marco na literatura alemã. Sua novidade residia, sobretudo, na utilização das técnicas da colagem e da montagem, por meio das quais os fragmentos recolhidos da metrópole foram inseridos no romance como sua própria matéria formal. Döblin tentou, com isso, deslocar o espaço concedido à metrópole, de objeto de representação a sujeito da enunciação. Essa dissertação analisa a composição formal de sua narrativa para compreender o que o novo espaço angariado pela metrópole, em Berlin Alexanderplatz, implica para o gênero. Esse problema dialoga diretamente com a importante discussão da \"crise do romance\", que animava os debates de então sobre literatura e encontrava franca ressonância também na produção teórica de Döblin, desenvolvida entre 1910 e 1930. Contrapor Berlin Alexanderplatz às questões levantadas nesses textos teóricos torna ainda mais explícita a relação da obra com seu próprio tempo. Ademais, há uma estrita coincidência entre a importância da objetividade em boa parte da teoria de Döblin e os pressupostos do movimento artístico mais característico dos anos da República de Weimar, a Neue Sachlichkeit. Examinar essa convergência ajuda a iluminar os problemas de uma narrativa que oscila, dialeticamente, entre a representação do destino individual e busca uma montagem realista da metrópole. Todos esses diálogos, além do confronto com a tradição do gênero, ajudam a entrever alguns dos elementos que levaram à configuração, nas palavras de Döblin, dessa \"épica da modernidade\". |