Os artistas na cidade: os pintores da Galeria de Retratos da Faculdade de Direito de São Paulo, 1859-1912

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Tatiane Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21092023-170903/
Resumo: A presente pesquisa objetiva estudar as relações de pintores retratistas com a cidade de São Paulo entre 1859 e 1912. Através da pesquisa sobre as trajetórias de artistas que compuseram obras para a antiga Galeria de Retratos do Salão Nobre da Faculdade de Direito de São Paulo e foram ativos na cidade, procuramos reconstruir as relações entre suas práticas artísticas e o meio urbano, através da identificação de seus locais de trabalho, de exposição e de sociabilidade. Investigando o cotidiano dessas práticas, as principais fontes foram os periódicos do período, pesquisados a partir de indicações do método onomástico delineado por Calor Ginzburg, seguindo tanto os artistas como seus locais de exposição pela documentação ao longo do recorte delimitado. Inseridos na linha da Cultura Material dedicada aos estudos da cultura visual, privilegiamos as exposições das obras, realizadas em lojas, associações e outros estabelecimentos no Triângulo Histórico da cidade, como prática essencial para se entender como obra, artista, local e público se articulavam. A Faculdade de Direito, seus alunos e professores integram-se a essas dinâmicas enquanto consumidores, colaboradores e incentivadores de práticas artísticas e culturais diversas nas quais tais artistas se envolveram na cidade de São Paulo. O retrato também tem destaque como elo revelador de relações interpessoais, escolhas profissionais dos artistas e como mote de exposições. Verifica-se ao longo do recorte o processo mútuo de especialização profissional dos artistas, dos locais de exposição e do próprio espaço urbano da região central, como área de comércio e socibilidade elegante, diferenciado das vias a seu redor e dos bairros que iam sendo formados.