Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Sofia Alexandra Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-14102013-154118/
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Resumo: |
Este trabalho encontra-se focado nas populações de preguiça comum da Mata Atlântica brasileira, em seus níveis de diversidade genética e sua estruturação populacional. O refinamento dos padrões de diversidade genética destas populações, e a procura dos processos que estariam na sua origem, levaram a que neste trabalho se incluíssem contribuições para o conhecimento do habitat e da espécie. Para tal, utilizaram-se ferramentas não de genética, biogeografia, etologia e ecologia, numa perspectiva integrativa e comparativa. Inicialmente, a simplicidade da distribuição da biodiversidade da Mata Atlântica foi contrariada, propondo-se nove componentes bióticos de vertebrados terrestres, estritamente florestais. Além disso, essa heterogeneidade foi encontrada a nível local e regional. Na sua base, estariam inúmeros e distintos processos climáticos, orográficos e biológicos, atuando de diferente modo em cada componente. O estudo genético das populações de preguiça comum da Mata Atlântica corroborou que estes processos gerais influenciaram também esta espécie, e que o estudo de fina-escala contribui para uma melhor definição dos processos históricos e demográficos que influem seus padrões de diversidade genética. Pela primeira vez foram inferidas a formação e a manutenção de sistemas de metapopulações na Mata Atlântica, através da análise dos padrões de diversidade genética e da demográfica da preguiça comum. Também pela primeira vez se realizou o estudo genético da preguiça anã, espécie criticamente ameaçada. Tal como esperado, sua única população apresentou baixos níveis de diversidade genética, com sinais de gargalo demográfico, mas não de endogamia. Finalmente, apesar da preguiça comum ser considerada não-ameaçada, este trabalho identifica a necessidade de medidas de conservação a nível populacional para a espécie. As populações Atlânticas carecem de medidas de conservação devido à sua diferenciação e isolamento em relação às populações Amazônicas, com presença de alelos únicos na Mata Atlântica; à estruturação populacional no bioma, com indícios de baixo fluxo gênico e elevados índices de endogamia dentro de cada uma das populações; aos baixos níveis de diversidade genética encontrados nas populações da Mata Atlântica (particularmente a diversidade genética da população do sul é menor do que a registrada em populações ameaçadas de preguiça de coleira e de preguiça anã); às evidências de requerimentos biológicos distintos dessas populações, pela percepção de épocas reprodutivas diferentes; e à forte influência antrópica, quer pelo impacto direto do desmatamento e aumento do contato com regiões urbanas. A redefinição das unidades de manejo anteriormente descritas, a proposta de utilização da preguiça comum como espécie bandeira em ações para a sua conservação, da Mata Atlântica e de outras espécies de preguiça e o forte incentivo à realização de mais estudos genéticos (com aumento de amostragem) e ecológicos constituem as medidas de conservação sugeridas para o futuro da preguiça comum na Mata Atlântica. |