Recrutamento em movimentos de alto risco: o caso da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Salgado, Maria Mercedes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20072016-171022/
Resumo: O objetivo dessa pesquisa é explicar quais os motivos que levaram os ativistas da Frente San-dinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua a se engajarem em um movimento de alto risco. Argumenta-se que o recrutamento ocorreu nas diferentes fases do movimento e, para explicá-lo, foram reconstruídas as oportunidades políticas para o surgimento da Frente Sandinista; as razões da escolha do repertório de confronto violento; a combinação desse re-pertório com outro não violento; o processo de constituição da liderança de Carlos Fonseca e seu papel angular na construção dos enquadramentos interpretativos sandinistas que atraíram os ativistas para a mobilização. A dissertação analisa também o perfil sociopolítico de ativis-tas de alto risco atuantes no caso estudado, aferindo suas semelhanças e diferenças em compa-ração com participantes de outros movimentos revolucionários latino-americanos. Procura-se identificar fatores individuais e estruturais que levaram esses ativistas a se decidirem por tal tipo de engajamento. Foram utilizadas técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa para ana-lisar 121 entrevistas em profundidade das e dos ativistas da Frente Sandinista. Os resultados afiançam que os motivos para engajamento no ativismo de alto risco foram: uma profunda identificação com o antissomozismo propalado pelo movimento, facilitada pela disponibilida-de biográfica dos ativistas e por seus laços sociais, prévios ao seu engajamento, em particular vínculos organizacionais, com os movimentos estudantil e religioso, e vínculos pessoais, via amigos e familiares.