Variáveis psicológicas em um programa de promoção de saúde mental na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nardi, Patrícia Cavalari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-02082013-141922/
Resumo: A terceira infância tem como sua principal característica o período escolar e uma fase de grande desenvolvimento cognitivo, físico e psicossocial nas crianças. Para lidar com estes desafios, é necessário que, cada vez mais as crianças possuam um repertório de habilidades sociais, habilidades de identificação e manejo de emoções de forma mais assertiva. Até a década de 80 acreditava-se que os medos e preocupações da infância eram transitórios e faziam parte do curso natural do desenvolvimento. Com o avanço dos estudos em psicopatologia tem-se conhecido cada vez mais sobre o adoecimento psicológico infantil e colaborado para o conhecimento da sintomatologia e de tratamentos eficazes para os transtornos. Uma alternativa para melhorar a saúde emocional das crianças são as intervenções destinadas à promover a saúde mental. O presente estudo tem como objetivo verificar os resultados imediatos obtidos a partir de um programa de promoção de saúde mental em grupos embasado em Terapia Cognitivo-Comportamental para crianças. Participaram do estudo 22 crianças com idades entre 8 e 10 anos de idade que cursavam o 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Ribeirão Preto SP. Os instrumentos utilizados foram: Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças MASC; Escala de Stress Infantil; Childrens Depression Inventory; Sistema Multimídia de Habilidades Sociais em Crianças. O presente estudo envolve um delineamento quase-experimental com aplicação dos instrumentos de avaliação antes e depois da intervenção. Os participantes foram submetidos a 12 sessões do programa de promoção de saúde mental em crianças do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo-Comportamental (LaPICC-USP). Para verificar os resultados imediatos do programa foram realizadas análises quantitativa dos dados a partir de estatística não-paramétrica. As análises dos resultados compreenderam a comparação do pré e pós-teste dos grupos e a gravidade dos sintomas encontrados. O nível de significância adotado para este estudo é de = 0,05 com intervalo de confiança de 95%. Com relação aos grupos, os resultados sugerem que ambos obtiveram uma melhora nos sintomas depressivos. O grupo I1 houve melhora nos fatores de reações físicas e psicológicas ao estresse e nos fatores de frequências não-habilidosas ativas e passivas. Já para o grupo I2, os resultados apontam para uma piora no escore total para a variável estresse e para o item reação psicológica ao estresse e uma melhora no fator de adequação não-habilidosa passiva. Quanto a gravidade do sintoma, tem que: 7 crianças permaneceram na mesma gravidade, 6 crianças diminuíram de gravidade e 8 crianças aumentaram de gravidade após o programa. Apesar dos diferentes resultados, o estudo levanta hipóteses sobre os resultados encontrados no programa utilizado, e auxilia seu refinamento enquanto promotor de saúde mental infantil.