Desempenho acadêmico de universitários, variáveis preditoras: habilidades sociais, saúde mental, características sociodemográficas e escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brandão, Alessandra Salina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-21032016-155145/
Resumo: O ingresso na universidade impõe inúmeros desafios ao estudante e pesquisas indicam que estudantes mais habilidosos socialmente podem ter menor propensão a apresentar problemas de saúde mental, provavelmente por terem maior habilidade para lidar com esses desafios. Nessa interface o desempenho acadêmico dos universitários também ganha destaque na literatura da área. Observa-se uma tendência a identificação de uma relação positiva entre repertório socialmente habilidoso, bom desempenho acadêmico e saúde mental dos universitários, embora poucas pesquisas empíricas embasem tal afirmação Nesse contexto se insere a proposta deste estudo, como desdobramento de um amplo estudo desenvolvido junto a alunos de graduação. Objetiva-se verificar se as habilidades sociais e as condições de saúde mental de estudantes universitários dos anos iniciais da graduação são preditoras do desempenho acadêmico dos mesmos no início e ao final da graduação, bem como verificar as possíveis associações entre as variáveis mencionadas. Propõe-se um delineamento comparativo, correlacional e preditivo e a inclusão da variável desempenho acadêmico dos graduandos, não avaliada no estudo amplo. Foram participantes deste estudo 305 estudantes universitários, de ambos os sexos e de diferentes cursos de graduação da UNESPBauru, que foram avaliados quando cursavam até um semestre anterior ao meio do curso, caracterizando início da graduação. Esses participantes, após os devidos procedimentos éticos, responderam em sala de aula, a um conjunto de instrumentos apresentados em um caderno contendo instruções específicas para cada um deles, a saber: Questionário de Avaliação de Habilidades Sociais, Comportamentos e Contextos para Universitários (QHC universitários), Versão reduzida do Inventário de Fobia Social (Mini SPIN), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Inventário de Habilidades Sociais (IHS Del Prette). E, posteriormente, responderam individualmente a Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV (SCID) conduzida por telefone. Realizou-se a coleta dos dados sobre o desempenho acadêmico dos universitários, junto à secretaria da universidade, registrando as informações referentes às notas de início do curso e se os participantes concluíram ou não a graduação no tempo especificado pelas grades curriculares dos cursos. Foram selecionadas para o modelo de regressão logística binária para as análises do desempenho acadêmico do início e final da graduação as variáveis que apresentaram nível de significância de p<0,1 nas análises univariadas. As variáveis IHS-autocontrole da agressividade em situações aversivas (F5) e saúde mental foram as variáveis incluídas na análise do início da graduação e se mantiveram como preditoras. Em relação ao final da graduação foram incluídas as variáveis QHC comunicação e afeto, QHC falar em público e apresentar seminários, QHC comunicação e afeto e QHC potencialidades para grupos diferenciados pelos escores de ansiedade, IHS escore total, IHS autoafirmação da expressão de sentimentos negativos, IHS autoexposição a desconhecidos e situações novas, sexo, ano do curso, área e desempenho acadêmico inicial, mantendo-se como preditoras: sexo feminino, estar matriculado em anos mais avançados, por ocasião da avaliação do início do curso, cursar área de humanas e ter desempenho acadêmico inicial na média ou acima da média. Tais dados sugerem desdobramentos para os campos da psicologia, da educação e para as políticas públicas.